‘Não faz sentido fazer o carnaval tradicional’, diz prefeito Bruno Reis

O prefeito Bruno Reis (DEM) afirmou, nesta terça-feira (28), que sua opinião era de que não tinha mais como fazer o Carnaval de 2022, comentando o anúncio feito, há cinco dias, pelo governador Rui Costa (PT) que cancelou as festas na Bahia por conta da pandemia e do surto de gripe.
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“O enfrentamento que estamos tendo em Salvador e em toda a Bahia, não só a chuva, mas também a gripe e a covid são preocupantes. Além disso, há tempos muitos artistas já tinham anunciado que não iriam participar do carnaval. Os principais artistas. Então, o carnaval por si só já não ia acontecer. O que vamos ver agora é quando é possível, e se é possível, fazer alguma coisa, mas quando o momento permitir”, disse.
Bruno Reis participou de um evento, no Rio Vermelho, para a assinatura de uma ordem de serviço para a construção e reconstrução de encostas e foi questionado por repórteres sobre a declaração do governador. No dia 23 de dezembro, Rui Costa fez uma publicação nas redes sociais em que dizia:
“A decisão está tomada: não haverá Carnaval na Bahia em fevereiro de 2022. Hoje temos 2,4 milhões de baianos com a vacina contra a #Covid em atraso. Além disso, estamos lidando com uma epidemia de gripe, que tem sobrecarregado o sistema de saúde”, afirmou.
O prefeito concordou com o gestor e disse que, além das questões sanitárias, a desistências de artistas e empresários deram os sinais de que a festa não aconteceria. “Nós não somos atores principais nesse processo. A prefeitura tem uma participação maior porque monta as estruturas, é responsável pelo transporte coletivo, pelo trânsito e pelas unidades de saúde, mas quem faz o carnaval são os artistas”, contou.
Ele disse que o cenário ainda é incerto e voltou a afirmar que nas condições sanitárias atuais não é possível fazer o carnaval como baianos e turistas estão acostumados, ou seja, com grandes aglomerações nas ruas. A Câmara Municipal chegou a estabelecer o prazo de 15 de novembro para que a festa pudesse ser organizada, que foi esticado pela prefeitura até 30 de novembro, mas que também foi insuficiente.
“Passou novembro não tinha mais tempo hábil pra isso. Eu sempre disse, ‘a prefeitura tem condições de organizar um carnaval em 30 ou 45 dias, mas os outros atores não’. Eles foram desmobilizando e não faz mais sentido ter um carnaval nos moldes tradicionais. Agora, vamos ver o que é possível fazer e se é possível fazer alguma coisa para também, como estamos fazendo no réveillon, o carnaval poder ter algo que possa acontecer”, disse.