AMÉLIA RODRIGUES: Após aumento de acidentes na BR-324, ViaBahia volta a ser cobrada pela construção do retorno

A implantação de um retorno no trecho da BR-324, próximo ao bairro do Areal, em Amélia Rodrigues, é uma questão que há anos tem sido motivo de preocupação para os munícipes e pessoas que transitam pela via. Após o aumento no número de acidentes registrados no local, a ViaBahia, concessionária responsável pela rodovia, voltou a ser cobrada pela construção de um retorno, que seria a solução mais viável para o problema enfrentado.
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Muitos motoristas, com o intuito de evitar receber multas, precisam percorrer cerca de 5km para fazer o retorno através de uma passagem destinada à animais, já que não contam com uma estrutura adequada para isso. Além dos problemas com a trafegabilidade, ainda há os riscos de acidente. No último domingo (20/2) uma colisão no local deixou três pessoas gravemente feridas, já na segunda-feira (21/2) um motociclista também ficou ferido após colidir com um carro no mesmo trecho.
Para o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Carlos Santos, a “roubadinha” feita por alguns condutores ultrapassa os limites da ilegalidade, porque oferece risco de vida aos mesmos. “Não só é ilegal, como é um suicídio, aquela tentativa de fazer trajetos naquela região, fazer aquela aventura daquele retorno, que é perigosíssimo. Tem havido situações complicadíssimas, de acidentes terríveis e em função disso que a PRF tomou essas atitudes de instalar o vídeo monitoramento, justamente para inibir e fazer com que nós possamos trabalhar com a vida do ser humano intacta”, disse.
Desde o ano de 2009 essa situação tem gerado preocupação aos amelienses. O prefeito João Bahia (PSD) afirmou que quando a duplicação da rodovia foi feita, uma travessia deveria ter sido projetada. “Nós temos hoje uma cidade dividida. Como é que uma rodovia corta ao meio e você não pode atravessar de um lado para outro da cidade?”, questionou.
Existe um conflito entre a ViaBahia, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério da Infraestrutura, que transformou a questão em um verdadeiro “jogo de empurra-empurra”. Bahia disse que apesar de esforços terem sido feitos por ele e por gestores anteriores, uma solução não é colocada em prática. Já foi sugerido, inclusive, que seja feita uma passagem em nível, caso não fosse possível realizar a construção do viaduto.
“Assim como os vereadores, a gente está lutando por isso, mas não é uma coisa que depende do município. Agora mesmo estamos trabalhando para entrar com um ação pública para que o Ministério Público intervenha nisso. A gente não pode aguentar esse jogo de empurra, porque quem sofre são as pessoas que estão morrendo e as famílias que perdem seus entes queridos”, afirmou.
O Delegado Idelfonso Monteiro lembrou os graves acidentes que já ocorreram e continuam ocorrendo no local. Ele ressaltou que apesar das medidas necessárias terem sido adotadas pelas autoridades competentes, existe a necessidade de um posicionamento concreto da ViaBahia.
“As providências devem ser tomadas, como é uma rodovia federal e tem uma concessionária que é responsável, seria a ViaBahia. Então esperamos que logo venham essas providências, porque é uma tragédia pré-anunciada, a qualquer dia vai acontecer uma coisa muito séria. A gente espera que as autoridades competentes para dar solução não esperem que isso aconteça para se movimentar.
Diversos ofícios e solicitações já foram enviadas para os órgão competentes pelo vereador José Silveira (PCdoB), pedindo providências, entretanto, ainda não houve retorno. Ele cobra a instalação de radares e melhorias na iluminação. “A gente vem lutando para ser colocado aqui, no mínimo, radares que venham a inibir a velocidade. Estamos pedindo uma coisa simples, que pode salvar vidas”, pontuou.
Edvaldo Maia, aposentado, que há muito tempo reside no bairro Areal e realiza a travessia utilizando a sua bicicleta, conta que já presenciou diversos protestos, acidentes e mortes no local, mas o problema não é resolvido. “Esse retorno eu não sei porque não é feito. Todas as cidades que eu já andei nesse Brasil que tem uma via dupla têm dois retornos, no mínimo. E aqui não existe retorno, nem redutor, eu não sei o motivo porque não tem solução para isso.”
O portal FALA GENEFAX entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da ViaBahia na manhã desta quarta-feira (23/2) e aguarda retorno.
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E o que é mesmo algo pior? Porque acidentes gravíssimos já aconteceram com mortes, com pessoa que está acamada há anos, com pessoas feridas gravemente. E o que é pior que isso? Esse descaso total é porque não foi com um parente de nenhum dos governantes ou administrador da via Bahia? Acho tudo isso um absurdo, porque além de não termos um retorno apropriado para a via, ainda temos que arriscar nossas vidas indo fazer retorno num local totalmente arriscado, impróprio e sem segurança nenhuma. Qual é mesmo o objetivo dessa rejeição desse retorno legalizado aí no suco? Porque espaço sabemos que tem, a necessidade obviamente também sabemos que tem e o que impede de fazer esse retorno, que entra prefeito sai prefeito e ninguém toma providências, ninguém consegue resolver nada. Nossa comunidade pede socorro, precisamos exercer nosso direito de ir e vir com segurança.