Fundação José Silveira fecha biblioteca do Núcleo de Incentivo Cultural de Santo Amaro

Após 36 anos de atividades, a Fundação José Silveira encerrou as atividades da Biblioteca  Pe. José Gomes Loureiro do Núcleo de Incentivo Cultural de Santo Amaro (NICSA), localizada na Rua Conselheiro Paranhos, em Santo Amaro, no dia 23 de fevereiro. Sendo um antigo sonho em vida do renomado médico e cientista José Silveira, a biblioteca funcionou durante muitos anos no térreo da sua residência, que se tornou um memorial.

Devido a quantidade do seu acervo, com mais de 20 mil itens, o espaço se tornou pequeno não só para abrigar o acervo, mas como para dar conforto aos usuários. E numa luta incansável da Professora Maria Mutti, com o uso da herança particular do médico, foi comprado o prédio onde até então funcionava a biblioteca. Com a ajuda do Governo do Estado na época foram feitas as devidas reformas para que o prédio estivesse apto para entrar em funcionamento.

Oferecendo diversos serviços, desde pesquisas para escolas e apresentações culturais, a biblioteca tem o maior acervo cultural da região que conta com documentos antigos e históricos.

A biblioteca, que é gerenciada pela Fundação José Silveira, não emitiu nenhum comunicado prévio do fechamento, o que surpreendeu a todos.

Para Georgenes Sampaio, devido a importância que a biblioteca tem para a comunidade, a notícia causou perplexidade em todos. “Nos tempos em que se fala muito em incentivo a leitura, preservação e fomentar a cultura, se torna um contra senso de custo benefício se fechar um espaço cultural de relevante importância. Os funcionários foram pegos de surpresa, ao chegarem para trabalhar na quinta-feira (23/2) receberam o comunicado”, disse.

“Com fortes ligações do Deputado Federal Antônio Brito (PSD) a fundação, que na segunda feira (6/3), completou 80 anos, com esse desserviço vai contra tudo o que em vida o saudoso Médico José Silveira falava. Resta saber agora qual será o destino do acervo e qual funcionalidade se dará ao prédio onde a biblioteca funcionava. A população de Santo Amaro quer saber”, concluiu Georgenes Sampaio.