Cacau Protásio receberá R$ 80 mil em indenização por ataques de militares

Decisão judicial eleva compensação financeira para a atriz da Globo, vítima de ataques gordofóbicos e racistas durante filmagem.

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu elevar a indenização concedida ao Estado à atriz Cacau Protásio, fixando o valor em R$80 mil por danos morais em virtude de ataques gordofóbicos e racistas durante a gravação do filme “Juntos e Enrolados” no Quartel do Corpo de Bombeiros. Inicialmente estipulada em R$30 mil, a decisão reflete a seriedade dos ataques, revelados por áudios com ofensas discriminatórias proferidas por militares.

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Além do aumento na compensação financeira, a Justiça reforçou seu repúdio às atitudes discriminatórias, ressaltando a gravidade do ocorrido. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro também se manifestou oficialmente, repudiando as ações dos militares envolvidos e anunciando a abertura de um procedimento interno para apurar a conduta dos responsáveis pelos ataques.

“Eu estou fazendo um filme, que eu faço um bombeiro, sargento, e domingo, eu fui filmar no batalhão de bombeiros no Centro da cidade. Fui super bem recebida, bem assessorada, sendo que tem um bombeiro que fez um vídeo de uma cena solta e espalhou por aí. Em momento algum ele desceu para saber o que estava acontecendo, o que era, e a cena que ele postou é o pedaço de uma cena que é um sonho do meu superior. Eu faço um filme, eu conto história, aquilo ali é uma ficção, não é realidade. E ele espalhou o vídeo com um áudio me chamando de negra, gorda, fdp, aquela cambada de viado… Racismo é preconceito, se vocês não sabem, se ele não sabe, e isso é muito triste. Não entendi porque tanto ódio”, afirmou a atriz.”

Cacau Protásio, conhecida por seu papel em “Vai que Cola,” recebeu amplo apoio de fãs e colegas de profissão. Em suas redes sociais, Cacau Protásio compartilhou o ocorrido, enfatizando a natureza ficcional da cena e lamentando a disseminação do ódio.

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