Jovem com tumor raro que alterou cor da pele aguarda medicamento de alto custo

Sabrina Gomes, de 24 anos, enfrenta uma batalha pela vida enquanto aguarda há dez meses a entrega de um medicamento de alto custo pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), no Ceará. Diagnosticada com Síndrome de Cushing e um timoma no tórax, Sabrina lida com sintomas debilitantes, como dificuldades respiratórias, insuficiência renal e alterações na tonalidade da pele, que são agravados pelo excesso de cortisol e ACTH em seu organismo.

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O tratamento, que envolve o radiofármaco lutécio, foi aprovado judicialmente em março de 2024, mas a Secretaria de Saúde ainda não concluiu o processo de aquisição. A medicação custa R$ 32 mil por dose e requer quatro aplicações, totalizando quase R$ 130 mil. Embora a Justiça tenha determinado prioridade no fornecimento, Sabrina continua em espera, enquanto o tumor se expande, comprimindo órgãos vitais e comprometendo sua qualidade de vida.

A Sesa afirma que está seguindo trâmites legais para contratar o serviço, mas até agora o tratamento não foi iniciado. Sabrina e sua família seguem ansiosos por uma solução que possa conter a progressão do tumor e oferecer-lhe uma chance de recuperação.

Mudança na Pele

Em 2022, a retirada das glândulas adrenais resolveu os excessos de cortisol causados pela Síndrome de Cushing. No entanto, o tumor continua a crescer e atualmente mede 17 centímetros.

A cirurgia, porém, teve um efeito colateral: a mudança na cor da pele de Sabrina. Entenda como isso aconteceu:

  • Após a retirada das glândulas adrenais, o tumor continuou a estimular a produção do hormônio ACTH.
  • O ACTH é produzido no mesmo processo que o hormônio MSH, responsável pela produção de melanina, a proteína que dá cor à pele.
  • Como o MSH e o ACTH têm uma origem comum, os receptores das células os entendem como semelhantes.
  • Com os níveis elevados de ACTH devido ao tumor, o hormônio continuou a se ligar às células receptoras que produzem melanina, como se fosse MSH. Como os dois hormônios são “parecidos”, as células acopladas ao ACTH, pensando se tratar do MSH, aumentaram a produção de melanina.
  • O corpo de Sabrina, com excesso de ACTH, começou a produzir melanina em excesso, levando à hiperpigmentação da pele e ao escurecimento de áreas do corpo.

Além da mudança na pele, nos últimos meses, o tumor tem dificultado a respiração de Sabrina em atividades corriqueiras, como andar e até mesmo falar.

A equipe médica que acompanha Sabrina ainda não sabe se a mudança na cor da pele é reversível. No entanto, para que haja qualquer mudança no quadro clínico, é necessário que o tumor reduza de tamanho, o que dependeria do sucesso do tratamento com lutécio.

 

 

 

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