Morre Carlos Pitta, cantor e compositor feirense, autor de clássicos da música brasileira

Nesta terça-feira (7/1), o Brasil perdeu um dos grandes nomes da música popular nordestina. O cantor e compositor Carlos Pitta, conhecido por sucessos que marcaram o Carnaval e as festas juninas, faleceu devido a complicações relacionadas ao diabetes. Ele estava internado no Hospital Roberto Santos, em Salvador.

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Natural de Feira de Santana, Carlos Pitta deixa um legado cultural imensurável, além de três filhos e um neto. Ele é autor de Cometa Mambembe, música emblemática que se tornou um dos maiores hits do Carnaval, composta em parceria com Edmundo Carôso e gravada com participações de músicos como Dominguinhos e Carlinhos Brown.

Trajetória marcante

Carlos Pitta estreou em 1979 com o premiado álbum Águas do São FranciscoLendas, pela gravadora Chantecler. Em 1982, lançou Coração de Índio, consolidando-se como um artista singular no cenário musical. Ele teve músicas gravadas por ícones como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Daniela Mercury, Alcione, Margareth Menezes, Trio Nordestino, A Cor do Som e muitos outros.

Um marco em sua carreira foi o lançamento do disco A Lenda do Pássaro que Roubou o Fogo (1986), em parceria com a poetisa Myriam Fraga e o artista plástico Calazans Neto, com arranjos do maestro Lindenberg Cardoso e apresentação do escritor Jorge Amado.

Ao longo da carreira, Pitta lançou 15 discos, incluindo o aclamado Tapete Mágico (1990), o popular Dançando Forró (1996) e o experimental Mangue Pérola (2000). Ele também produziu trilhas para filmes como Boi Aruá, de Chico Liberato, e Ciganos do Nordeste, de Olney São Paulo.

Inovação e internacionalização

Carlos Pitta também foi pioneiro no projeto de levar o forró para o cenário internacional, participando de festivais de jazz em Montreux, na Suíça, e Tübingen, na Alemanha. Ele se apresentou em grandes centros musicais do mundo, incluindo Estados Unidos, Itália, Bélgica e Suíça, ampliando a visibilidade da música nordestina.

Formação e produção cultural

Formado em Composição e Regência pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Pitta trabalhou com nomes da música erudita contemporânea, como Ernest Widmer, e produziu o disco Interregno de Walter Smetak. Ele também foi responsável pela produção de álbuns icônicos de artistas como Elomar (Na Quadrada das Águas Perdidas) e pelo resgate da música tradicional de grupos como o Afoxé Filhos de Gandhi.

Legado

O falecimento de Carlos Pitta representa uma grande perda para a música brasileira. Seu trabalho uniu as tradições nordestinas a elementos universais, deixando um legado que continuará a inspirar gerações.

Carlos Pitta será lembrado não apenas por suas contribuições artísticas, mas também por sua dedicação em preservar e divulgar a cultura nordestina no Brasil e no mundo.

 

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