Policiais são presos por obstruir investigação sobre milícias e ameaçar testemunha

Dois policiais militares foram presos preventivamente na manhã desta terça-feira (15/4), durante a Operação Salvaguarda, realizada de forma conjunta pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Polícia Militar. Os agentes são acusados de obstruir investigações criminais relacionadas à atuação de uma milícia na cidade de Santaluz e região, com envolvimento em homicídios e práticas de extermínio.
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As prisões fazem parte de um desdobramento da Operação Urtiga, deflagrada em junho de 2023, que já investigava os policiais pelos crimes de homicídio e organização criminosa. A nova operação também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Santaluz e São Domingos. As ações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), com apoio da Força Correcional Especial Integrada (Force), da Corregedoria Geral da SSP e da Corregedoria da Polícia Militar (Correg).
De acordo com o Ministério Público, os policiais são suspeitos de intimidar uma testemunha-chave que poderia comprometê-los em dois assassinatos. Segundo o Procedimento Investigatório Criminal (PIC), no dia 25 de fevereiro de 2024, os agentes retiraram a vítima de sua residência e, durante o serviço, a agrediram com socos e chutes, além de ameaçá-la de morte caso ela insistisse em depor contra eles.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara de Auditoria Militar de Salvador, que também recebeu a denúncia formal do MPBA. As investigações seguem em andamento, e os policiais permanecerão à disposição da Justiça enquanto são aprofundadas as apurações sobre o envolvimento com milícias e a tentativa de coação de testemunhas.