Justiça substitui prisão de PM e influenciador suspeitos de lavar dinheiro através de rifas ilegais por medidas cautelares

O policial militar Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, e o influenciador digital Franklin Reis tiveram suas prisões preventivas substituídas por medidas cautelares. A decisão, assinada no domingo (4/5) e divulgada nesta segunda-feira (5), ainda não resultou na soltura dos dois, que permanecem detidos.

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Ambos foram presos em 9 de abril durante a Operação Falsas Promessas 2, que resultou na detenção de 24 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro por meio de rifas ilegais na Bahia.

Segundo as investigações conduzidas pela Polícia Civil, a organização criminosa usava redes sociais para divulgar rifas de alto valor, com resultados supostamente manipulados para beneficiar seus próprios membros. Os prêmios iam desde eletrodomésticos até carros de luxo, mas muitas vezes acabavam nas mãos de integrantes da quadrilha, com o objetivo de “legitimar” o esquema.

Da esquerda para a direita: Franklin Reis, Ramhon Dias, Nanam Premiações e Alexandre Thaca. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Além de Alexandre Tchaca e Franklin Reis, também foram presos os influenciadores digitais Ramhon Dias e José Roberto Santos, mais conhecido como Nanam Premiações, apontado como o líder da organização criminosa. A prisão de Nanam foi mantida pela Justiça, dada sua suposta posição de chefia no esquema.

Conforme a decisão judicial, Alexandre e Franklin deverão usar tornozeleiras eletrônicas e não poderão sair do município onde residem por mais de dez dias sem autorização judicial. Também estão proibidos de divulgar rifas, direta ou indiretamente, em qualquer plataforma.

Além deles, cinco outros investigados tiveram as prisões preventivas substituídas por medidas semelhantes. Quatro pessoas foram liberadas com a revogação das prisões preventivas, enquanto dez continuam presos.

De acordo com o delegado Fábio Lordello, diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), o grupo atuava com uma estrutura financeira sofisticada, utilizando empresas de fachada e laranjas para movimentar e disfarçar o dinheiro ilegal.

A atuação se concentrava em Salvador e Região Metropolitana, além dos municípios de São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré. O esquema contava ainda com a participação de policiais militares da ativa e ex-PMs, que prestavam apoio operacional e ofereciam proteção à quadrilha, inclusive com acesso a informações privilegiadas.

— A atuação da organização criminosa se dava essencialmente pelas redes sociais. Eles precisavam desses influenciadores para fomentar a venda das rifas ilícitas. Os policiais militares entravam nesse apoio e se beneficiavam da movimentação financeira. Havia uma relação forte entre eles, financeiramente e como braço armado — afirmou Lordello.

As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e o volume total de recursos movimentados pelo grupo.

 

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