MP-BA denuncia 37 integrantes de organização criminosa por rifas clandestinas e lavagem de dinheiro

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) denunciou à Justiça, 37 integrantes de uma organização criminosa responsável por movimentar milhões de reais com a exploração de rifas ilícitas e a posterior lavagem de dinheiro oriundo dessa atividade. A denúncia foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), como desdobramento da operação “Falsas Promessas 2”.
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De acordo com o MP, o grupo criminoso era altamente estruturado e atuava por meio de diversos núcleos interligados, todos voltados à promoção de rifas clandestinas e à ocultação dos ganhos obtidos. Os membros da organização utilizavam empresas de fachada, pessoas interpostas e “laranjas” para mascarar a origem ilícita dos recursos, construindo um esquema sofisticado de captação, movimentação e dissimulação financeira.
As investigações apontam que as rifas operadas pelo grupo eram promovidas em larga escala, com resultados frequentemente fraudados, a fim de garantir que os prêmios permanecessem dentro da própria organização. A atuação da Orcrim, conforme detalhado pelo Gaeco, funcionava em um verdadeiro “consórcio delitivo”, com compartilhamento de estruturas logísticas, operacionais e financeiras entre os núcleos, com o objetivo de maximizar lucros e dificultar a ação das autoridades.
Parte expressiva dos valores arrecadados era reinserida na economia formal por meio de transações com empresas fantasmas, movimentações em espécie e contas bancárias de terceiros. Com isso, o grupo buscava dar aparência de legalidade ao dinheiro proveniente de atividades ilícitas.
Os denunciados responderão por crimes como formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar. O MP-BA reforça que as investigações continuam e não descarta novas fases da operação, com o objetivo de desarticular completamente a estrutura criminosa.