Projeto leva ecocrítica e literatura a escolas quilombolas em Lauro de Freitas
Com o compromisso de integrar ensino, pesquisa e extensão em prol da educação inclusiva, o projeto “Ecocrítica e Literatura em Escolas Quilombolas: A Hora e a Vez de Vidas Secas” foi oficialmente iniciado no município de Lauro de Freitas, na Bahia. A iniciativa é coordenada pelos professores César Costa Vitorino e Évila Ferreira de Oliveira, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), e pela professora Francisca Eugenia dos Santos, da Universidade de Santiago do Chile (USACH).
O projeto promove o diálogo entre literatura, meio ambiente e identidade quilombola, com base na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, considerada um marco da literatura brasileira que retrata com sensibilidade as relações humanas e a luta pela sobrevivência no semiárido.
Ao todo, 16 discentes voluntários do 3º semestre do curso de Licenciatura em Letras e Literaturas da UNEB/DCH I, campus Salvador, participam da ação, atuando diretamente na Escola Municipal Amaurir Sirqueira Montalvão, localizada no bairro Jambeiro. As atividades incluem oficinas, leituras compartilhadas e dinâmicas interativas, buscando estimular o pensamento crítico, a consciência ambiental e o fortalecimento das raízes históricas e culturais dos estudantes quilombolas.
A proposta foi acolhida com entusiasmo pela gestora escolar Thania Coutinho, que reafirmou o compromisso da escola com práticas pedagógicas voltadas à valorização da diversidade e à promoção da inclusão. A primeira visita técnica à unidade escolar ocorreu em 14 de maio de 2025 e contou com a participação das estudantes Teresa Luana Santos Rocha e Yasmin Medeiros Santos, representantes dos demais voluntários do projeto.
Mais do que uma ação acadêmica, o projeto se consolida como uma experiência formativa e transformadora, que evidencia o papel da universidade pública na construção de uma educação mais justa, plural e representativa.
