Ex-ministro pede doações Pix para Bolsonaro pagar despesas
Segundo Gilson Machado, ex-presidente já gastou cerca de R$ 8 milhões de uma vaquinha feita há dois anos.
O ex‑ministro do Turismo Gilson Machado, que integrou o governo Bolsonaro (PL), lançou no último sábado (17) uma nova “vaquinha” virtual para arrecadar doações via Pix em favor do ex‑presidente. Segundo Machado, o dinheiro servirá para quitar honorários de advogados, custos médicos e gastos de estadia do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) nos Estados Unidos.
Apesar de receber duas aposentadorias – como capitão reformado do Exército e ex‑deputado federal – e de contar com repasses do PL, Bolsonaro estaria “com as finanças comprometidas” devido às ações judiciais que enfrenta, afirmou o ex‑ministro em vídeo publicado nas redes sociais.
Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que, em 2023, o ex‑presidente arrecadou mais de R$ 17 milhões em doações via Pix; Bolsonaro declarou ter consumido “mais da metade” desse montante em honorários advocatícios.
Hoje réu no Supremo Tribunal Federal por suspeita de tentar articular um golpe de Estado e declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral até 2030, Bolsonaro concentra sua defesa em vários processos criminais e eleitorais que, segundo aliados, elevam a pressão financeira.
A chave Pix difundida por Machado é o CPF do próprio ex‑presidente, vinculado a uma conta no Banco do Brasil. O ex‑ministro diz que a iniciativa é pessoal: “Na última campanha, ele arrecadou R$ 17 milhões, mas já gastou R$ 8 milhões só no último ano. Isso está desidratando. Vamos esperar ele ficar sem dinheiro para correr atrás, sem pagar advogado? Eu não vou permitir isso. Vou lutar por ele”, justificou.
Em participação recente em um podcast ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Bolsonaro voltou a citar pequenas doações recebidas via Pix como principal fonte de custeio de sua defesa.
