JUDAS? Presidente da Câmara chama prefeita Tânia Yoshida de “desumana” em sessão ordinária

Já dizia minha avó: “Quer conhecer alguém de verdade? Dê poder a ela.” E não é que ela tinha razão? O episódio que ocorreu nesta quarta-feira (4), em plena Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Conceição do Jacuípe, foi uma aula prática de ingratidão política — e também de arrogância.
O protagonista do vexame institucional foi o vereador Burrego, eleito e conduzido ao cargo de presidente da Câmara com apoio irrestrito do grupo da prefeita Tânia Yoshida (PSD). Pois bem, o mesmo Burrego, que há pouco tempo fazia questão de estampar sorrisos ao lado da prefeita em eventos públicos e inaugurações, resolveu agora desferir palavras duras e desrespeitosas contra a mulher que o ajudou a ocupar a cadeira mais alta do Legislativo municipal.
Durante seu pronunciamento, o vereador declarou que “para eu ter uma conversa com a prefeita, ela tem que fazer o que eu faço, ela tem que ser humana”. Sim, ele chamou Tânia Yoshida de desumana. Uma declaração pesada, cruel e, acima de tudo, ingrata — especialmente vinda de quem tantas vezes contou com o respaldo da gestora quando mais precisou.
E o ataque não parou por aí. Mesmo após o constrangimento causado na Audiência Pública da LRF — onde tentou usurpar funções do Executivo ao se colocar como anfitrião de um evento que, por lei, é de responsabilidade da Prefeitura —, o presidente da Câmara não reconheceu o erro. Ao contrário: manteve-se altivo e disse, sem pestanejar, que tem “certeza de que não pecou”.
A falta de humildade é tamanha que ofusca qualquer tentativa de diálogo. O que vemos agora é o surgimento de uma figura que, embriagada pelo cargo, parece ter esquecido não apenas de onde veio, mas também quem o colocou onde está.
Lamentável.