Defensora independente dos animais denuncia ter sofrido agressões em Conceição do Jacuípe

A defensora independente dos animais Márcia Araújo, conhecida por seu trabalho voluntário em prol de cães e gatos em situação de rua, denunciou ter sido alvo de agressões verbais, calúnias e intimidações por parte de um casal de dentistas, na noite da desta terça-feira (17/6), em frente à escola de idiomas FISK, da qual é gestora.

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Márcia relata que, por volta das 18h30, ao realizar o simples ato de repor água e ração em um comedouro instalado em frente ao seu estabelecimento – uma prática rotineira e amparada por lei –, foi novamente surpreendida por ataques por parte dos vizinhos que segundo ela, a confrontaram com ofensas, gestos agressivos e ameaças.

“Custeio com recursos próprios, suor de meu trabalho e por isso não posso acolher e adotar a todos que encontro no meu caminho, devido a estas limitações que me impedem de fazer algo maior como desejaria, venho tentando oferecer acesso ao mínimo que necessitam como água e alimento. Estes animais oferecem uma gratidão e paz que riqueza e impérios não são capazes de comprar.”, desabafou Márcia.

Ainda segundo o relato, os agressores invadiram o espaço da escola “utilizando palavras e gestos atingindo diretamente a honra subjetiva, com maus tratos, discriminação, insultos, ofensas, ultrajes e desmoralização, justificados pelo ato de ajudar os animais de rua”, como:

•  “Você é desprezível, por alimentar estes animais sarnentos de rua.”
• “Não percebe que sua atitude é prejudicial”.
• “Se eu fosse você, teria vergonha de sair de sua casa.”
• “Porque você sai de Feira de Santana, para vir prejudicar Conceição do Jacuípe? Porque não vai alimentar estes bichos lá em sua casa?”
• “Você não serve para nada, só atrapalha esta cidade.”
• “Já te denunciei a vigilância sanitária, e vou te mostrar quem manda aqui.”
• “Quer trazer doenças as pessoas, cuidando destes animais imundos, pegue todos e leve para sua casa.”

Márcia afirma que nunca teve relação prévia com o casal e que a motivação para os ataques é o incômodo dos mesmos com a presença de animais nos arredores de seu consultório. Ela  que atua de forma independente, movida unicamente pela compaixão, destaca que apenas tenta levar dentro das possibilidades o mínimo de dignidade e respeito ao qual estes seres merecem.