Humorista ultrapassa todos os limites e debocha do câncer de Preta Gil
Mesmo condenado à prisão, humorista volta a atacar com piadas cruéis sobre doença, racismo, deficiência e até pedofilia; plateia se divide entre risos e revolta
O humorista Leo Lins, condenado a mais de oito anos de prisão por discursos discriminatórios, voltou a causar indignação nacional ao fazer piadas cruéis durante seu show “Enterrado Vivo”, realizado no Teatro Gazeta, na Avenida Paulista, em São Paulo.
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Diante da plateia, Lins ironizou o tratamento contra o câncer da cantora Preta Gil, demonstrando total insensibilidade e desrespeito:
“A Preta Gil veio me processar por causa de uma piada de anos atrás. Três meses depois que chegou o processo, ela apareceu com câncer. Bom, parece que Deus tem um favorito. Acho que ele gostou da piada. E pelo menos ela vai emagrecer”, declarou o humorista.
O comentário infame foi apenas um entre vários momentos polêmicos do espetáculo, onde Leo Lins voltou a fazer piadas com pessoas negras, indígenas, obesas, soropositivas, com deficiência e até menções a pedofilia e nazismo. A apresentação reacendeu o debate sobre os limites do humor e a liberdade de expressão x discurso de ódio.
A comparação anterior entre Preta Gil e uma porca, feita durante um programa de televisão, já havia motivado um processo movido pela artista. Agora, o novo episódio amplia a gravidade da postura reincidente do humorista, que demonstra absoluto desprezo por decisões judiciais e pelo sofrimento alheio.
A fala rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, onde artistas, ativistas e internautas expressaram repúdio ao comportamento do comediante. Para muitos, trata-se de um abuso travestido de piada, que promove ódio e reforça estigmas.
Apesar da condenação judicial recente, Leo Lins continua se apresentando e desafiando abertamente o sistema de Justiça, o que levanta questionamentos sobre a efetividade das punições e a permissividade de espaços que seguem dando palco ao preconceito.
