Zau, o Pássaro, fala sobre polêmica com Igor Kannário: “Jamais quis provocar, só sou fã”

Durante a transmissão ao vivo do Arraiá do Berimbau 2025, o cantor Zau, o Pássaro, que viralizou nas redes sociais por interpretar canções de Igor Kannário com impressionante semelhança vocal, quebrou o silêncio falou abertamente sobre a polêmica judicial envolvendo o uso do nome “Kannário”.
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Recebido com entusiasmo pelo público de Conceição do Jacuípe, Zau agradeceu à prefeita Tânia Yoshida (PSD) pelo convite e exaltou a energia da festa. “O sorriso, o acolhimento é maravilhoso. É o que eu tô sentindo aqui, essa troca de energia”, disse o artista, em entrevista ao vivo.
Questionado sobre o processo movido por Igor Kannário, que o acusou de plágio e uso indevido da marca registrada “Kannário”, Zau foi direto:
“Sim, sou fã do Kannário, tenho ele como referência. Comecei como cover dele. Infelizmente, o escritório dele não aceitou. A única reação que ele teve foi o processo. Mas eu ainda acredito no ser humano Anderson, que é o Igor Kannário. Acredito que um dia a gente ainda vai se encontrar e conversar.”
Segundo Zau, ele teve que apagar vídeos, mudar o nome artístico e atualmente responde judicialmente pelo caso. “Temos mais uma audiência marcada no fórum de Salvador. Recorremos porque tenho conteúdos monetizados. Isso é o que me sustenta, não é vaidade. É sobrevivência”, explicou.
“Zau, o Pássaro” é homenagem, não provocação
Sobre a nova identidade artística, Zau revelou que escolheu o nome “Zau, o Pássaro” como forma de ressignificar a trajetória sem romper com suas origens.
“As pessoas me chamavam de passarinho. Não quis provocar ninguém. Jamais eu iria querer provocar ele. Isso seria uma guerra perdida. Ele é o príncipe do gueto. Só coloquei ‘o pássaro’ porque foi assim que me reconheceram.”
Mesmo sem nunca ter conhecido Igor Kannário pessoalmente, Zau conta que acompanhava seus shows na pipoca e era próximo de músicos da antiga banda “A Bronkka”, que hoje integram sua equipe.

Com apenas três meses de carreira solo, Zau já sonha alto. “Minha vontade é Brasil. Vim da favela, então o sonho tem que ser grande. Estamos preparando um CD 100% autoral, com compositores anônimos. Quero representar a música baiana no Carnaval, nos grandes palcos do país.”
Mesmo diante da polêmica, Zau mantem o tom conciliador: “Eu sei onde errei e onde acertei. Espero que Deus faça o melhor pra mim e pra ele. Eu ainda acredito que o ser humano Anderson me abraça. Mesmo que ele nunca tenha dito isso, eu sinto.”