VÍDEO: Menino autista de 4 anos é encontrado amarrado dentro de banheiro de escola
Um menino de 4 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não verbal, foi encontrado amarrado dentro do banheiro de uma escola municipal em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A criança estava presa pelos pulsos e pela cintura com tiras de tecido, em um ambiente frio e isolado.
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O caso aconteceu nesta segunda-feira (7/7), no bairro Iguaçu, e a principal suspeita é uma professora da instituição, que foi presa em flagrante por tortura. A pedagoga também foi encaminhada para a delegacia, mas não permaneceu presa. Quando os guardas municipais e os conselheiros tutelares chegaram ao local, a professora confessou que amarrou o menino porque ele estava muito agitado.
“Foi uma situação triste, bem delicada. Nunca presenciei algo assim […] Ela estava de roupa, mas era um ambiente gelado. Aqui já tem feito muito frio e, dentro do banheiro, não sabendo por quantas horas aquela criança permaneceu ali dentro, a gente não tem como dimensionar”, disse o conselheiro tutelar, Vanderlei Chefer.
Menino já havia sido amarrado antes, dizem os pais
Os pais da criança afirmam que ele estudava na escola havia quase três anos e que, recentemente, as reclamações sobre o comportamento dele começaram a aumentar. A mãe, Mirian de Oliveira Ambrozio, contou que recebeu uma ligação urgente do marido pedindo que fosse até a escola.
“Meu marido me ligou falando que era pra eu ir urgente pra escola que ele estava preso no banheiro. Cheguei na escola e ele não estava mais amarrado. A hora que vi as imagens, fiquei desesperada. É muito triste, desesperador”, disse.
Após a denúncia, os pais receberam vídeos mostrando que, dias antes, o menino também foi amarrado. “Na sexta-feira ele foi amarrado também. Ele estava mamando amarrado, outra pessoa segurando a mamadeira para ele […] É um arrependimento de ter colocado ele nessa escola”, contou a mãe.
Após o flagrante, as aulas foram suspensas na unidade nesta terça-feira (8). A direção da escola colaborou com as autoridades durante o processo de apuração, de acordo com a Guarda Municipal. A mãe da criança acompanhou todas as etapas da investigação.
A professora foi levada à Delegacia da Polícia Civil e permaneceu em silêncio durante o depoimento.