Morte de “Fuscão” no Conjunto Penal de Salvador levanta denúncias de negligência médica e abandono no sistema prisional

Rafael Ribeiro dos Santos, de 43 anos, conhecido como “Fuscão” e apontado como uma das principais lideranças da facção Comando Vermelho (CV) no município de Santo Amaro, morreu na última segunda-feira (7/7) dentro do Conjunto Penal Masculino de Salvador (CPMS), localizado no bairro da Mata Escura. A principal suspeita é de que o interno tenha sofrido um infarto, mas a causa oficial da morte só será confirmada pelo laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

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Denúncia de negligência e abandono

Apesar da versão oficial, familiares e visitantes da unidade prisional denunciam que houve negligência médica no atendimento ao interno. Em carta escrita a mão, eles afirmam que houve demora para retirar Rafael da cela, além de lentidão para transferi-lo à enfermaria e, posteriormente, à unidade de saúde externa.

Ainda segundo a denúncia, a unidade, atualmente gerida pela empresa terceirizada Socializa, apresenta sérios problemas estruturais e de gestão, especialmente no setor de saúde. Os relatos apontam que outras mortes já ocorreram nos últimos meses por negligência médica, desde que o atual diretor, Artur Silva Croesy, policial penal da própria unidade, assumiu o cargo.

Já não sabemos mais o que fazer. Vários internos morreram por falta de atendimento. A cadeia está abandonada. Pedimos atenção dos Direitos Humanos e um posicionamento urgente da SEAP diante dos fatos”, afirmam.

Monitoramento pode confirmar denúncias

Os denunciantes destacam ainda que o Conjunto Penal conta com monitoramento por câmeras 24 horas, o que pode confirmar a sequência de eventos e a possível demora no socorro a Rafael Ribeiro dos Santos. “Há registros que podem mostrar quanto tempo ele ficou esperando por atendimento. Isso não pode ser ignorado”, reforçam os familiares.

Rafael Ribeiro dos Santos era considerado um dos criminosos mais procurados do Recôncavo Baiano, com forte atuação no tráfico de drogas em Santo Amaro. Sua prisão e posterior transferência para a capital foram vistas como parte de uma estratégia de enfraquecimento da atuação da facção na região. Sua morte, no entanto, levanta especulações e preocupações tanto sobre a real causa quanto sobre o funcionamento do sistema penitenciário baiano.

 

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