Advogada presa em operação contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro é apontada como gestora financeira de quadrilha

A advogada presa na manhã de quinta-feira (17/7) durante a segunda fase da Operação Skywalker é Andressa Cunha Rocha. A identidade da advogada foi confirmada pela Polícia Civil.
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Ela é suspeita de integrar uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Andressa é apontada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) como peça-chave no esquema.
De acordo com o órgão, ela exercia uma função estratégica dentro da estrutura, ao fazer a gestão financeira da quadrilha e aproveitar sua condição profissional para tentar dar aparência de legalidade às transações ilícitas.
Ainda conforme o MP-BA, a advogada, que tem registro ativo na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), articulava a movimentação de dinheiro entre os membros do grupo e auxiliava na estruturação de empresas de fachada.
Andressa já cumpria prisão domiciliar desde abril, após ser alvo da primeira fase da Operação Skywalker. No entanto, teve a prisão preventiva decretada no dia 28 de junho e foi novamente detida na quinta-feira (17), na própria residência. Atualmente, ela está custodiada no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, em Feira de Santana, onde aguarda audiência de custódia.
A prisão foi acompanhada por representantes da OAB, conforme informou Daniel Vitor, secretário-adjunto da subseção da entidade em Feira de Santana.
Além da advogada, outro suspeito, cuja identidade não foi divulgada, também foi preso na operação. Ambos são investigados por envolvimento com a organização criminosa.
A operação é conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), em parceria com o Draco/LD (Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro) da Polícia Civil.
Primeira fase da Skywalker prendeu 17 pessoas
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 30 de abril, com a prisão de 17 pessoas — 12 encontradas em Feira de Santana. Além disso, mais de R$ 84 milhões de reais foram bloqueados pela Justiça. Desse total:
- R$ 34 milhões estavam em nome dos investigados;
- R$ 50 milhões, vinculados a empresas de fachada utilizadas para lavagem de dinheiro.
O Ministério Público aponta que o grupo é responsável por diversos crimes na Bahia e em outros estados. Ao todo, 32 pessoas envolvidas com a organização foram denunciadas e indiciadas.
Uma advogada foi presa na manhã desta quinta-feira (17) em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, durante a segunda fase da Operação Skywalker, que investiga uma organização criminosa envolvida com o comércio ilegal de armas de fogo, munições e tráfico de drogas. Um outro suspeito também foi preso na ação.