Bruno Henrique, do Flamengo, vira réu por fraude em apostas esportivas

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, se tornaram réus nesta sexta-feira (25/7) em um processo que investiga fraudes em apostas esportivas. A decisão é do juiz Fernando Brandini Barbagallo, da 7ª Vara Criminal do Distrito Federal. Ainda não há data marcada para o julgamento.
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De acordo com o Ministério Público do DF, o jogador teria forçado a aplicação de um cartão amarelo durante a partida entre Flamengo e Santos, realizada em novembro de 2023 no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A ação teria sido planejada para beneficiar apostas feitas com essa previsão.
“A investigação policial apresentou elementos que indicam que o denunciado Bruno Henrique, de forma deliberada, teria atuado de forma intencional de modo a ser punido com cartão na partida questionada, e que Wander Nunes teria contribuído para a ação ao incentivá-lo, visando obter alguma vantagem financeira”, escreveu o juiz no despacho.
A denúncia foi aceita com base na Lei Geral do Esporte. A defesa do jogador foi procurada, mas ainda não se manifestou.
Denúncia por estelionato rejeitada
Na mesma decisão, o juiz rejeitou tornar Bruno Henrique, o irmão e outras sete pessoas réus por estelionato — crime que, segundo o MP, teria sido praticado contra as casas de apostas. O magistrado entendeu que faltou uma exigência legal para o prosseguimento da acusação: a representação formal das vítimas, no caso, as próprias plataformas.
Barbagallo também negou pedidos de medidas cautelares como fiança de R$ 2 milhões, proibição de criar contas em sites de apostas e suspensão de contratos publicitários com empresas do setor.
As partes ainda podem recorrer. A defesa pode questionar a abertura da ação penal, e o Ministério Público, contestar a rejeição da denúncia de estelionato.
Assim que forem formalmente citados, Bruno e Wander terão 10 dias para apresentar defesa.
Investigação apontou aposta combinada
Segundo as investigações, Bruno Henrique teria avisado previamente ao irmão que provocaria o cartão amarelo na partida contra o Santos. Wander, por sua vez, teria incentivado o plano e repassado a informação a outras pessoas, que apostaram em diversas plataformas.
O volume atípico de apostas com o mesmo resultado levantou suspeitas e levou as casas a bloquear os pagamentos.
A denúncia do Ministério Público inclui o crime de fraude a resultado esportivo. Ao todo, nove pessoas foram denunciadas na ação.