Moradores do distrito de São Bento do Inhatá em Amélia Rodrigues denunciam série de mortes de cães e gatos
Moradores do distrito de São Bento do Inhatá em Amélia Rodrigues denunciaram ao portal Fala Genefax na manhã desta segunda-feira (28/7), uma série de crimes cruéis contra animais domésticos. Casos recentes de envenenamento e mutilação de cães e gatos têm deixado os moradores revoltados e com medo.
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Em fevereiro, uma cadela chamada “Preta”, conhecida e querida pelos vizinhos, foi encontrada com um corte profundo no corpo. Mesmo recebendo cuidados e medicação, ela não resistiu e faleceu uma semana depois.
Nesta semana, a vida de mais um animal foi tirada de forma brutal: o cachorro de nome “Máscara”, foi envenenado e apesar dos cuidados emergenciais o veneno foi fatal.
Além desses casos, diversos gatos têm sido encontrados mortos, também vítimas de envenenamento. Moradores afirmam que os ataques não começaram recentemente, um possível autor estaria agindo há anos, de forma silenciosa e impune.
“Gato não pode sair, cachorro não pode sair, porque algumas pessoas aqui em São Bentos têm raiva dos animais e acabam tirando a vida deles”, disse um morador.
A comunidade agora vive em alerta. Animais não podem mais circular livremente pelas ruas. Muitos tutores têm medo de deixar seus cães e gatos fora de casa por alguns minutos. Há um sentimento de impotência diante de um agressor que ainda não foi identificado.
“Quem faz isso com o animal indefeso é capaz de fazer com uma criança, é capaz de fazer com idoso, ou seja, é capaz de fazer com qualquer pessoa”, concluiu.
Casos de maus-tratos contra animais devem ser denunciados imediatamente às autoridades. As denúncias podem ser feitas de forma anônima na delegacia mais próxima ou por meio do Disque Denúncia 181.
A Lei nº 9.605/1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, prevê pena de detenção de 3 meses a 1 ano e multa para quem maltratar animais silvestres, domésticos ou exóticos. Em 2020, a Lei nº 14.064/2020 (“Lei Sansão”) aumentou a proteção especificamente para cães e gatos, prevendo pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição de guarda em casos de maus-tratos, caracterizando um crime mais grave. Se o animal morrer, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço.
