Vale a pena ir aos EUA só para comprar o iPhone 17?
Novo modelo é lançado com reajuste e reacende debate sobre economia ao adquirir o aparelho no exterior

A Apple revelou neste último sábado (2) a nova geração de seus smartphones: o iPhone 17. A grande novidade, além das melhorias no design e desempenho, foi o reajuste de preço de US$ 50 em relação à linha anterior, o iPhone 16. Com isso, o modelo iPhone 17 Pro Max está estimado em US$ 1.249, o equivalente a R$ 6.923,20 em conversão direta.
Esse anúncio reacendeu uma velha dúvida entre os brasileiros: vale a pena viajar para os Estados Unidos só para comprar o novo iPhone?
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Comparativo de preços
No Brasil, o iPhone 16 Pro Max foi lançado oficialmente por R$ 12.500, e acredita-se que o modelo equivalente da nova geração chegue com um preço ainda mais alto — algo em torno de R$ 13 mil. Com isso, a tentação de comprar no exterior, onde o valor é quase metade, parece atrativa.
Uma simulação de quanto custaria ir até Miami, cidade preferida por muitos brasileiros, apenas para adquirir o novo aparelho. Uma passagem de ida e volta, com embarque em Salvador no dia 12 de setembro (data provável do lançamento) e retorno no dia 18, custa em média R$ 2.860.
Contabilizando apenas o valor da passagem e do aparelho, o total seria R$ 9.783,20.
Custos adicionais
A economista Juliana Kessler, em entrevista ao portal, destacou que embora a conta pareça favorável, existem outros fatores subjetivos a considerar, como hospedagem, alimentação, transporte e até visto e passaporte, que não foram incluídos na estimativa inicial.
Com base em médias de gastos, a especialista estima que a viagem completa custaria por volta de R$ 11.930, podendo cair para R$ 10.200 se o comprador reduzir os custos com alimentação e hospedagem.
“Contabilmente pode parecer vantajoso, mas economicamente não faz tanto sentido se a viagem for única e exclusivamente para essa finalidade. Há perdas de tempo, de trabalho e até estresse envolvidos”, explicou Juliana.
Ela também lembrou que no Brasil o alto valor pode ser parcelado, o que dilui o impacto financeiro.

E quanto à Receita Federal?
Mesmo que o comprador opte por trazer o celular como item pessoal, existem regras. O iPhone precisa estar fora da caixa, ter sido utilizado durante o voo e, preferencialmente, ser o único aparelho trazido pelo viajante.
Caso contrário, pode ser considerado item para revenda e estar sujeito à tributação. A cota livre de impostos é de US$ 1.000. Acima disso, há uma taxa de 50% sobre o valor excedente. E, se for pego na fila de “Nada a declarar”, o passageiro ainda corre o risco de multa adicional de 50%, totalizando 100% sobre o valor do produto.
Resumo:
Preço nos EUA: US$ 1.249 (~R$ 6.923)
Custo da viagem (estimativa): R$ 11.930
Preço estimado no Brasil: R$ 13.000
Conclusão: Pode compensar contabilmente, mas não economicamente se a única motivação da viagem for o aparelho.
A dica final da economista é clara: se você já tem uma viagem programada aos EUA, vale a pena aproveitar a oportunidade. Mas viajar apenas para comprar o iPhone 17 pode não ser um bom negócio.