Acusado de comprar armas em esquema internacional de tráfico é condenado a seis anos de prisão

Um dos homens acusados de integrar um esquema internacional de tráfico de armas foi condenado a seis anos e noves meses de prisão pela Justiça Federal. A informação foi divulgada na segunda-feira (18/8), pelo Ministério Público Federal (MPF), e o homem não teve o nome divulgado.
A condenação é consequência da Operação Dakovo, deflagrada em 2020, após fuzis croatas serem apreendidos em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A investigação apontou que armas eram importadas da Europa e da Turquia para o Paraguai, onde tinham a numeração raspada e eram revendidas.
De acordo com o MPF, os envolvidos no esquema atuavam com empresas de fachada, simulações de vendas e corrupção de autoridades paraguaias. No total, 28 pessoas foram denunciadas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
Ainda conforme o MPF, o homem condenado a seis anos de prisão já estava preso preventivamente e integrava o núcleo responsável pela compra de armas do Paraguai.
A condenação também exige o pagamento de 202 dias-multa por integrar organização criminosa e o pagamento de R$ 50 mil por danos morais coletivos – valor que será revertido ao Fundo Nacional de Segurança Pública.
A Justiça também decidiu que os bens, direitos e valores bloqueados ao longo da investigação ou que sejam frutos de recursos obtidos pelas atividades criminosas sejam integrados à União.
Em nota, o MPF afirmou que recorreu da sentença para aumentar a pena do condenado. De acordo com o órgão, a pena imposta não foi proporcional à gravidade da conduta.
Relembre caso
Em 2020, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 23 pistolas, dois fuzis, carregadores e munições em Vitória da Conquista. As armas eram da Croácia e estavam com as numerações raspadas.
Foi dado início a Operação Dakovo, que apurou o caminho que essas armas faziam até chegar ao Brasil. Elas eram importadas, tinham os números apagados e eram revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira com o Brasil.
Parte do armamento era comprada pelas principais facções criminosas brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.
Também foi verificado que a organização criminosa atuava em seis núcleos, que envolviam empresas de fachada, empresários, militares paraguaios e integrantes de organizações criminosas brasileiras.
O maior alvo da operação foi o empresário argentino Diego Hernan Dirísio, conhecido como “Senhor das Armas”.
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