Jovem é espancada até a morte após se recusar a sair com traficante
“Vai ser o melhor ano da minha vida.” A frase escrita por Sther Barroso dos Santos, de 18 anos, em um caderno, expressava a esperança da jovem de transformar 2025 em um recomeço. No entanto, seus planos foram interrompidos de forma brutal na madrugada de domingo (17/8), em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Segundo testemunhas, Sther foi espancada após se recusar a deixar um baile funk na comunidade da Coreia acompanhada de um traficante. O homem apontado como autor do crime é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe, área controlada pela mesma facção criminosa, o Terceiro Comando Puro (TCP). Antes de morar na Vila Aliança, Sther e a família haviam residido no Muquiço.
Abandonada em frente de casa
De acordo com familiares, a jovem foi deixada na porta de casa já desfigurada pelas agressões. Eles tentaram socorrê-la e a levaram ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, mas Sther já chegou sem vida.
Nas redes sociais, amigos e parentes lamentaram a morte e compartilharam páginas do caderno em que a jovem havia escrito suas metas para 2025: “Terminar a escola, fazer três cursos, ter um cachorrinho, focar muito na academia, agradecer a Deus todos os dias” eram alguns deles.
“Ela tinha tantos sonhos… Queria estudar, trabalhar, mudar de vida. Isso foi arrancado dela de uma maneira cruel”, disse uma amiga.
Feminicídios em alta
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), 49 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro apenas no primeiro semestre de 2025. Com o caso de Sther e outros registrados em julho e agosto, esse número tende a aumentar.
A investigação está a cargo da Polícia Civil. Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre a prisão do suspeito.
FALA GENEFAX quer ouvir você!
Viu algo importante acontecendo no seu bairro? 
Mande fotos e vídeos para o nosso WhatsApp (75) 99190-1606
Sua colaboração pode virar destaque!
…alguém avisou pra ela que o sinal que ela tá fazendo é usado pelo CV, inimiga da facção TCP? SE ela sabia o significado, e devia saber, porque Diabos foi participar de uma festa comandada pelo TCP? Não tô diminuindo a responsabilidade de quem a matou. Só tô dizendo que tem muita gente morrendo porque fizeram um “2” ou um “3” e que, por esta razão, estes jovens que gostam dessas baladas DEVERIAM ter mais cuidado ao posarem para fotos.