Manifestações no Brasil

Em momento algum das revoluções sociais as pessoas foram às ruas simplesmente para uma posição contra algo sem estar apegado ao menos a uma ideologia.
Houve e há sempre um evento marcando alguma revolução ao longo da história. Porém sempre capitaneados por um líder, ou um grupo. Foi assim a Revolução Francesa, com as figuras de Robespierre, Danton e Hebert, O Raivoso- combatendo a burguesia; A Revolução Socialista, na Rússia, foi conduzida por Lênin e Stálin; A Independência Americana, liderada por George Washington, John Hancok, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson…
Em nenhum momento de qualquer revolução o povo foi às ruas apenasmente pra se posicionar contra os sistemas sem ter ao menos uma alternativa, um projeto político para acreditar ser mais eficaz do que o utilizado pelo atual Poder Estatal.
Não há destaque, na literatura sociológica / filosófica mundial uma opção econômico-político-social em que as nações, por todos os continentes, já não tenham testado, experimentado e rejeitado.
Agora, o brasileiro tomou as ruas, nos quatro cantos do país, porém em um movimento anárquico onde se nega o Establishment, sem qualquer liderança a qual se possa atribuir ‘a revolta’.
A imprensa busca pauta de reivindicações, o Estado procura entender as massas, os órgãos repressores pensam em conter os líderes, mas não se encontra porque o povo toma as avenidas protestando contra o governo, a corrupção, contra a estrutura e a opressão… Ou melhor, não há nenhum objeto identificado, que possa ser conhecido pelas autoridades pra tentar acalmar a multidão aloucada.
As pessoas que ocupam as praças não aceitam envolvimento com partidos políticos, não aceitam qualquer tipo de liderança.
Segundo o pensador mais criticado pelos historiadores marxistas, Francis Fukuyama, se caísse o Muro de Berlim estaríamos frente ao fim da História Teleológica, de uma História que caminha pra um fim.
Parece que Fukuyama, muito do bombardeado, estava certo.
Para desespero da ‘Mídia massiva’, também esses acontecimentos, pelas mídias sociais (Facebook, twitter) está se dando apenas pelo povo. Nos telejornais não conseguem “fazer a cabeça” das gentes; revistas e jornais não conseguem dar o tom dos fatos. Então cabe ao próprio povo, de forma inédita, contar sua ‘revolução’.
Para onde vamos com isso? Quase ninguém é capaz de prever; mas somos testemunhas de um momento inédito na história do homem.
Vamos aproveitar?!
Que Deus nos conduza rumo a uma situação melhorada sem mortes…
 
 Por Viliano Poeta

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