Histórias & Viagens do Poeta

''Voar já foi coisa de passarinho
Procurando espaço pro ninho.
Depois, por imitação e ousadia,
O humano criou asas
Para construir novas casas.
Ou só conhecer novos lugares
Não mais por terra,
Pelos ares.
Perfeitos, rarefeitos…''
Dentro de ônibus (ou avião*), torna-se difícil boas fotos; vidros embaçados e a velocidade impedem mais qualidade. Mesmo com dificuldades, deu pra se ver que o mato grossense do sul usa cerca de arame liso nas fazendas.
Nesses dias, tive muito contato com muita gente brasileira das ‘boas’. E uma portuguesa. Esta, no voo Campo Grande /Guarulhos, de nome Dora, jeitinho de pacificadora, a qual dei um cartão com endereço do nosso blog.
Mas não esqueço do professor Moisés, da pró Cida, do colombiano e a outra pró, de  Ponta Porâ.
O Roberto, servidor estadual, que viajamos de Campo Grande a Porto Murtinho e foi de importante ajuda; D. Deolina, minha guia na Coophasul; do Genivaldo do Hotel Alvorada; do pernambucano da Limpeza, em Campo Grande que fora tratar do novo Shopping.
Na chegada, esfomeado, querendo peixe assado, tive que me contentar na degustação do saboroso espetinho de Ernesto. Mais anotações que fizera, numa parte do jornal, se perderam; só vai pouco da parte do que lembrei. 
O 2º maior município em terras do Estado, Porto Murtinho é uma cidade de 8 mil habitantes, mais 9 mil na zona rural, cidade que tem 3 bancos, a 2ª Cia de Fronteira do Exército, 4 escolas municipais e uma Estadual de 2º grau, informou o Professor Carlos Cesar da E.E. José Bonifácio, onde a evasão grande nas classes noturnas, mas de dia é pouca e tem pouca repetência; D. Alda, do Touro Encantado e touro Bandido, festa da Secretaria de Cultura e Turismo (se parecendo com Caprichoso do PA), com a verdadeira festa realiza em outubro mas o atual prefeito quer mudar, para 8 de dezembro, igual a de N.S. de Caacupé, padroeira do Paraguai; do papo com Orlando crente, na sapataria, falando de Palmeira- BA que ele teve visão…  ‘Deus falou com minha alma’; Rodolfo, o líder índio de Carmelo Peralta, vizinha às aldeias. Os índios não pagam energia, moram em casas de madeira e dizem não sentirem frio (porém fazem muitos filhos).
Reclamação de muitos desses indigenas: ‘‘que sea tiempo fresco o calido lo gobierno ni siempre dá alimentación, ni trabajo; nosostros tenemos muchas dificultad’’ – habló uno jovene.
Os indígenas são das tribos Adywéu e Ayoréw, umas 300 familias, das quais estão sendo feitas 40 casas de construção pelo governo paraguaio. Vendo poucos meninos, perguntei e responderam ‘‘Los ninos juegan pelota em la cancha’’. Um casal no cais pede-me 8 reais para comprar remédio pro homem pois, disse ela: ‘‘tiene muchas dificultad, non tenemos trabajo ni ayuda de niguna persona’’.
Rádio se ouve mais o programa matutino (do Paraguai) com um vereador, o Ed Carlos, de Porto Murtinho; ou a 99.9 FM Guaicurus, local. Murtinho tem Fórum Eleitoral, e a Polícia Federal está sendo implantada.
Pena que não vi o museu (fechado as 16 h) nem fui ao Quebraxo, lugar histórico.
Quebraxo chegou a ter 2 mil empregados na exploração de Mate e Tanino, exportados  pelo porto, porto por onde entravam produtos da Europa antes de Corumbá.
Em frente ao Porto, a vila Margarita e à esquerda, Colônia Peralta aonde índias jovens circulam de moto. Mas outros índios são maltratados; lá comprei bolsas artesanais e conversei com o líder (já citado).
Retorno a Porto Murtinho onde tem na Av, das Laranjeiras a sede do Campus da UFMS e fotografo a Câmara.
Se Campo Grande é a cidade dos Ipês, o estado é todo de Terra Roxa.
Como não existe nada 100%, tinha um banheiro sujo a 100 metros da prefeitura, que os jovens reclamaram, porém o município não resolveu, disseram alguns adolescentes.
Até logo mais.
 

Por Vililano Poeta
 

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