Realizada a Conferência Estadual de Educação na Costa do Sauípe
COEED 2013-Conferencia Estadual de Educação, no complexo Costa do Sauípe do dia 09 ao dia 11.10.2013. Com o tema central ‘‘O PNE- plano Nacional de Educação na articulação do SNE – Sistema Nacional de Educação’’
aconteceu a Conferencia Estadual de Educação, com a presença do secretário de Educação da Bahia, Osvaldo Barreto, o diretor da Secretaria Estadual de Educação, Geraldo Junior, a presidenta da Comissão Estadual de Educação, Ana Maria Teixeira, os reitores da universidades federais e estaduais na Bahia, Dora Leal, Naomar Alcantara, José Carlos, Paulo Roberto, Adélia Pinheiro; secretário de Cultura, Albino Rubim; professores Artur Castro, Elias Sampaio, Astor Pessoa, Olivia Santana; Nildon Pitombo diretor do Fórum Estadual de Educação, o primeiro a expor os muitos dados registrados em livros entregues aos participantes; Rui e Marilene Betros, da APLB, os deputados Zé Neto, Álvaro Gomes e Rosemberg (este da Comissão Estadual de Educação da Assembleia Legislativa) e os delegados de 385 municípios baianos que antes, nas Conferencias de Educação locais discutiram e aprovaram os tópicos a serem debatidos nesta. Ainda com a presença dos índios Pataxó, a parte cultural esteve a cargo do ‘Coral Estudantil da Bahia’ numa magistral amostra do que é ser educado.
Durante as 385 municipais, houve 4000 emendas com os mais de 50 mil envolvidos, dos quais 1500 diretos- nas muitas discussões e aprovações. Nesta, eram 1600 delegados alojados nos agradáveis e luxuosos apartamentos dos hotéis do complexo Sauípe e seu centro de convenções- a Arena.
Por fim, ‘‘quem fez isto fomos todos nós’’.
O primeiro oficialmente a palestrar, o gaucho Paulo Egon, do MEC explanou que nós, todos, estamos chamando atenção até dos Estados Unidos da América pois tratamos não só da educação estadual mas de todo o Brasil. Em nossa área, estamos aprendendo cada vez mais ao participar de conferências pois é nelas que se discute e aprova medidas interessantes e necessárias.
Dia 10-10 a parte da manhã ficou quase que pra finalização da discussão e aprovação do regimento da COEED e depois se entrou em discussões temáticas por eixo. E as atuais socializações do assunto educaçãonão se esgota O que agora se discute vem há tempo sendo conversado, mais ainda após a CONFERÊNCIA ESTADUAL de 2010 e se estenderá, natural e conjunturalmente até 2018, na próxima CONAE, e quem sabe haverá participação de maior inserção do pessoal do interior na Conferência Nacional.
Na palestra do professor Egon, um dos fundadores da CUT, que fora diretor do sindicato no Rio Grande do Sul quando juntou 40 mil numa assembleia pra alertar ao governo que existe força no grupo e falta como agir se agir individual.
Nessa nova era, ainda estamos aprendendo como educar no campo da tecnologia. O Google tem mil facilidades, mas é o professor quem dá novo sabor no assunto em pauta quando em discussão/ orientação ao alunado.
A qualidade da educação passa por etapas: Financiamento, Valorização, Avaliação Participativa, Gestão Democrática, Mobilização Social, Escola Integral.
Avaliação participativa é o mais difícil.
Gestão democrática, ai temos várias abordagens. E os principais pontos podem ser Administração e Pedagogia. Porém existindo interatividade, se facilitará.
Mobilização social- creio ser de importância cabal o papel do educador, tanto em sala quanto fora dela.
E a Escola integral deve ser mesmo INTEGRAL pois as mães atuais são também trabalhadoras e vivem pouco tempo como educadoras do lar. Portanto necessita-se de quantificar e operacionalizar corretamente. Desde que haja uma ação local.
Para mim, e pra todo servidor coerente no ‘ramo’ educação- bem assim os palestrantes, ‘‘Todo ganho foi conquista, não foi por favores’’.
E pra mim, pra você, fica a frase ‘‘Quem está na montanha vislumbra novos horizontes; vê mais longe e exige mais’’.
Financiamento; aqui abrimos pra falar da grita geral: ‘‘o governo tem que dar mais dinheiro’’- dizem. Ótimo!
Depois se trata de Valorização. Aí pode complicar; há prefeitos e gestores muito dos paus-ferro, quase não se conseguem ‘abrir’ para a socialização das soluções.
Quais soluções?
Em todos os tópicos, existir discussões abertas com a comunidade do entorno da instituição: escola- e a administração municipal.
Como e com quem? Reuniões de conscientização aonde gestores, pais, professores, funcionários, comerciantes e afins cheguem ao consenso: ‘‘criança e jovem fora da educação serão maus cidadãos, ou incompletos, despreparados para a própria sociedade onde estão inseridos’’. Ou criança será útil, formado, ou será problema não concluindo minimamente o básico. E nos problemas, sabemos: fuga do bem para a estrada da drogadição, da destruição. Que ninguém deseja.
Dessa conferência saiu o documento que será discutido (de novo?) na CONAE- conferência nacional da educação, a ser realizada nos dias 17 a 21.02.2014 na capital federal. Portanto, se fará necessária nova discussão lá, para finalização dos pontos emendados e corrigidos, tornando-se benéfica a todo o país.
E pra finalizar mesmo, a manhã de 11.10 foi dividida nas discussões, candidatura e eleições dos delegados à CONAE. Quanto à categoria ‘gestores’, no Sauípe Club reuniram-se 217 inscritos como delegados eleitos na educação básica municipal, 9 representando a estadual e 4 da educação privada, desde que estivessem inscritos no portal do MEC, bem assim 3 remanescentes sendo: indígenas, quilombolas e deficientes.
Na parte da municipal, 54 se inscreveram, 3 desistiram, 3 se ausentaram e 13 foram eleitos com mais 3 suplentes. Na parte estadual, foi moleza: eram 10 vagas e tinham 9 inscritos não precisando de eleição. O mesmo se deu com a escola privada, 4 candidatos para 4 vagas; os suplentes foram: 3 da municipal, 2 das estaduais e 2 particulares, numa acalorada discussão e votação sob a monitoria de Patrícia e Marlene.
No decorrer da tarde, após o check-out e almoço, na Arena Sauípe reuniu-se a grande ‘comissão’ confirmando as eleições, contando com a presença do governador Jaques Wagner.
Abrimos um espaço pra comentar: seria melhor se o tempo não tivesse sido chuvoso, reduzindo na 6ª feira, porém sem condições de mais curtidas nos equipamentos da área.
E finalmente observamos: a cada conferência, seja de educação ou outro assunto social, há um caminho de soluções, a ‘‘Democracia na educação é uma construção (constante, diuturna) que deve ser participativa’’.
Por Viliano Poeta