Etiqueta da troca de presente: saiba como se dar bem no amigo secreto

O amigo secreto é uma das brincadeiras mais gostosas do Natal, no entanto, quando o presente precisa ser comprado para alguém com quem não se tem intimidade, ou no ambiente corporativo, a missão pode virar um tremendo transtorno. Para agradar o outro, e não sair decepcionada, prestar atenção às regras de etiqueta dessa troca é essencial.

“Presentear é uma delícia, mas dá um trabalhinho. A primeira norma a considerar é pensar no outro e em como você gostaria que seu amigo pensasse em você. Se não gosta de amigo secreto ou acha que não vai ter tempo, não entre: deixe claro que você não fica confortável e fique fora, é o mais educado”, explica a consultora de imagem e estilo, Tininha Almeida.

Com valor fixo

Mesmo quando o amigo secreto tem um teto de gastos o valor a desembolsar gera dúvidas, seja pelo medo de gastar pouco demais ou de passar do orçamento. “Você tem que se manter dentro de um preço que seja bom para você, mas sem esquecer o combinado. 50% do estipulado é pouco, mas 70% é bacana e educado”, indica.

Se você tirou uma pessoa muito querida e quiser dar algo melhor isso não é proibido, mas deve ser feito em particular para não causar nenhum tipo de constrangimento. “Isso precisa ser feito principalmente no local de trabalho. Dentro da família, se não for causar desconforto aos demais, tudo bem, é mais livre”, completa.

Lista de presentes

Para facilitar a vida dos colegas, é comum que os escritórios ou mesmo os familiares elaborem uma lista com aquilo que gostariam de ganhar. Nesse caso, atenha-se ao que foi pedido se não tiver certeza do que dar. “Na dúvida, fique na lista”, reforça.

Ao elaborar a sua listinha pode colocar itens que não gosta, contanto que seja de uma forma leve e se você tiver uma justificativa plausível, afinal, sempre é possível trocar depois. “Pode mencionar caso seja algo realmente essencial. Algo como ‘olha pessoal, tenho muita alergia à maquiagem’, ou uma brincadeira como ‘estou de dieta gente, não esqueçam’”, aconselha.

Achou algo que não foi pedido mas tem certeza que vai agradar? Cartão verde: “Se você tem essa certeza de que ela vai gostar demais dê, porque isso mostra sua atenção e cuidado com os gostos da pessoa e com o que ela te fala. Se tem uma informação segura, use”.

Vale presente, pode?

Quando você não sabe o que dar, ou a pessoa não tinha exatamente algo definido, é normal pensar em partir para o vale presente. Mas, afinal, eles são uma boa alternativa? “O vale presente pode e deve ser dado, principalmente quando tira alguém com que você não tem nenhuma relação. Ao entregar, é legal dizer que quis deixa-la à vontade para encontrar algo que goste”, diz.

Hora das compras

Chegou a hora de comprar? Lembre-se de procurar com cuidado e carinho, e nunca deixar para a última hora. “É muito chato comprar por comprar, e o outro sempre percebe. O mais bacana é mesmo se empenhar, nem que a lembrancinha seja bem simples. O que vale é mostrar que pensou e esteve atenta ao colega”, fala.

Tenha em mente que constranger alguém que não se conhece tão bem é fácil e, portanto, fique atenta ao que vai comprar. “Se a pessoa estiver acima do peso não  pegue uma peça de roupa, e também evite presentes muito íntimos no trabalho, como lingeries. O presente deve sempre ser dado com cautela, sem invadir a privacidade do outro. O principal é adequação, em qualquer situação”, adverte.

Com a lembrança em mãos, você deve pensar no embrulho, que é indispensável: “O presente começa no embrulho e não existe desculpa para não embrulhar. Faça uma embalagem bonita, verifique se o vendedor tirou o preço e se o item está com etiqueta de troca. Dar um cartão também é sempre de bom tom”, lembra. 

Momento da troca

Se estiver no trabalho, lembre-se de não dizer nada íntimo demais para anunciar o seu amigo secreto, porque você não sabe qual será a reação dos outros participantes. Ao receber o seu, sempre mostre agradecimento e deixe as trocas para depois, caso não te agrade. "Se não gostou e aja como se tivesse adorado, porque é muito frustrante para quem escolheu. Se for uma roupa, dê uma descupa depois, como 'poxa, não serviu', educação sempre", finaliza.