O atendimento na Sala Vermelha do ACM tem salvado vidas em Berimbau
Uma das grandes inovações trazidas pela atual administração da cidade de Conceição do Jacuípe, na área da saúde, foi a implantação da Sala Vermelha, no Hospital Municipal Antonio Carlos Magalhões. Ela começou a funcionar no mês de março deste ano. Dos 77 pacientes, em estado gravíssimo, que passaram pela sala, mais de 63% sobreviveram.
A sala vermelha é uma parte do Hospital que recebe casos graves, com risco de morte. Ela é equipada com 2 macas, respiradores, carrinho de emergência, acesso central, hemogasômetro (analise dos principais gases do sistema respiratório), além de aparelhos de ventilação mecânica e monitorização cardíaca. É na sala vermelha que são realizados os procedimentos de emergência nos pacientes com necessidade de atendimento imediato. Após a estabilização do quadro, esses pacientes são encaminhados para as demais áreas do hospital, ou, a depender do caso, serão transferidos. Das cidades que fazem parte da região de Feira de Santana, apenas Berimbau conta com esse tipo de serviço de emergência.
Segundo Zenaildes Lisboa, coordenadora de enfermagem do Hospital ACM, em entrevista ao Berimbau Notícias, a sala vermelha é muito importante, pois hoje é como se fosse a “medula óssea” do hospital. Se no hospital não existisseesse suporte para atender os pacientes que tem risco iminente de morte, os índices de mortalidade seriam altíssimos, como antes da implantação da sala. Uma vez que, os pacientes que iam ao hospital não tinham esse atendimento especializado e era transferido para Feira de Santana ou Salvador, muitas vezes tinha seu quadro de saúde agravado e não sobrevivia ao translado.
A sala que salvou Raimundo do Deiró e Jorge de Lita
De acordo com a coordenadora, a implantação da sala vermelha foi de suma importância para a melhoria no atendimento de emergência do hospital, pois os traumas que ocorrem na cidade de Berimbau são classificados como gravíssimos. Ela citou o exemplo do acidente de van, envolvendo o vereador Raimundo do Deiró e Jorge de Lita. Com a sala vermelha, foi possível estabilizar o quadro tanto de Raimundo quanto de Jorge, que apresentavam um sério trauma, perca de consciência neurológica e dificuldade respiratória. Zenaíldes explicou esse atendimento foi o ponto crucial da sobrevida dos dois.“O atendimento rápido e adequado no momento certo resulta no salvamento de vidas, a gente salva vidas, e a sala vermelha faz isso. É uma forma da gente conseguir segurar mais pacientes e salvá-los”, diz.
Política de classificação de risco
A sala vermelha é a consequência da implantação da política de classificação de risco no Hospital ACM. A iniciativa, que é recomendada pelo Ministério da Saúde, prevê uma maior agilidade no atendimento do hospital e nos serviços de urgência e emergência. A classificação segue um modelo de atendimento de acordo com cores:
Vermelho: prioridade 0 – emergência, necessidade de atendimento imediato. Pacientes que deverão ser encaminhados diretamente à Sala Vermelha (emergência) devido à necessidade de atendimento imediato.
Amarelo: prioridade 1 – urgência, atendimento o mais rápido possível. Pacientes que necessitam de atendimento médico e de enfermagem o mais rápido possível, porém não correm riscos imediatos de morte.
Verde: prioridade 2 – prioridade não urgente. Pacientes em condições agudas (urgência relativa) ou não agudas, atendidos com prioridade sobre consultas simples.
Azul: prioridade 3 – consultas de baixa complexidade.