Chicleteiros dizem que vão seguir o ídolo Bell Marques onde ele estiver

Era o começo do último Carnaval de Bell Marques à frente do Chiclete com Banana, mas o clima estava longe de ser triste. O vocalista sequer mencionou sua despedida e o único sinal de nostalgia foi no início do desfile do Nana Banana, quando Bell mandou uma sequência de sucessos do Chiclete, como 100% Você, Voa Voa e Meu Cabelo Duro é Assim. 



O mineiro Fábio Pimentel, 32 anos, curte seu sétimo Carnaval com a banda e ontem já estava pronto para uma maratona de seis dias atrás do grupo: quinta, esteve no Camarote Salvador; sexta e sábado, no Nana Banana; de domingo a terça, vai no Camaleão. Na última noite, ainda vai emendar no Vumbora, bloco que marca a estreia oficial de Bell na carreira solo. 



“A saída de Bell do Chiclete talvez tenha me desmotivado um pouco nesse Carnaval, mas, pra falar a verdade, depois da saída dele quero é que o Chiclete se transforme num É o Tchan!. E tem mais: a partir do ano que vem, só saio onde Bell sair. Não sou mais chicleteiro. Sou ‘bellzeiro’”, reconheceu o turista, que está acompanhado de cinco amigos do Espírito Santo. 



Bellzeiros

É o mesmo sentimento da baiana Silmara Costa, 49, que estava curtindo o bloco com a filha, o filho e dois amigos. “Saio com o Chiclete há uns três anos só por causa de Bell e, depois que ele sair, provavelmente nem vou querer saber do Chiclete. Sou ‘bellzeira’ mesmo!”. 



E não era só quem estava dentro das cordas que era fã de Bell. O auxiliar de serviços gerais Norman Júnior, 34, seguiu na cola do trio e não fazia a menor questão de estar lá dentro do bloco. 

Usando boné e camiseta do Camaleão, Norman ainda ostenta, no braço direito, uma tatuagem com a famosa pata que é símbolo do bloco. 



O chicleteiro, que havia começado a acompanhar o trio desde a sua saída, às 15h, disse que ia fazer do mesmo jeito que tem feito há 13 anos: “Vou seguir todos os dias até o fim, lá em Ondina. Na terça, vou estar colado lá no Campo Grande, afinal é o grande dia da despedida”. 



A preferência de Norman é mesmo seguir o trio do lado de fora das cordas e, nem se ganhasse um abadá, faria questão de estar lá dentro: “Mesmo se me dessem, eu ia preferir ficar aqui fora. Gosto da muvuca. Se ganhasse um abadá, ia vender e curtir o Carnaval com a grana. A adrenalina fora da corda é muito maior”.



Como os outros fãs de Bell, Norman diz que vai seguir o cantor onde ele estiver: “Mesmo ele saindo do Chiclete, eu tô com ele. O cara tem voz, né? Se ele tiver uma boa banda, com um baterista massa e um baixista bom, vai ficar muito massa”.

 

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