Conheça o perfil do líder da greve da PM: saiba quem é Marco Prisco
O principal líder dos policiais militares que aderiram à greve na Bahia, Marco Prisco não é apenas o nome de referência do movimento. O Berimbau Notícias mostra um pouco mais do vereador, que é peça-chave na queda de braço entre a categoria e o Governo do Estado.
Prestes a completar 45 anos, Marco Prisco Caldas Nascimento atualmente concilia duas atividades: a de Coordenador da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra-BA) e a de vereador, eleito no mesmo ano em que liderou a última greve da corporação, em 2012.
Mas a ligação de Prisco com a Polícia Militar e com as mobilizações de paralisação começou muito antes, em 1999, quando ingressou na corporação, como bombeiro.
Em 2001, Prisco esteve ligado aos líderes que protagonizaram a greve daquele ano, considerada a pior entre as três paralisações. Baseado na unidade do BPM em São Joaquim, ele liderou a tentativa de aquartelamento da unidade.
Por essa atitude, Prisco foi exonerado do cargo, no ano seguinte. A atuação nos bastidores fez com que se tornasse uma liderança entre o efetivo da PM, principalmente a base da corporação, de soldados e sargentos.
O soldado Prisco participou de movimentos grevistas em outros estados. Em Roraima, chegou a participar da ocupação do prédio do Comando de Policiamento da na capital. No relatório enviado pela PM da Bahia para a PM de Roraima, Prisco é tratado como um “indisciplinado”.
Em 2010, Prisco concorreu ao cargo de deputado estadual, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC). A campanha não teve êxito, mas ajudou ainda mais a ganhar poder nos bastidores. Ele ajudou a criar o Movimento Polícia Legal (MPL) e assumiu a presidência da Aspra-BA, mesmo não sendo integrante da corporação.
Prisco teve envolvimento também na articulação das mobilizações políticas da greve da Polícia Militar no Maranhão. Considerado polêmico, chegou a acusar o governador Jacques Wagner e o Partido dos Trabalhadores.
De acordo com vereador, na época da primeira greve da PM, em 2001. Wagner quanto a cúpula do PT teriam sido os responsáveis por patrocinarem a paralisação, com uma doação ao movimento grevista de mais de R$ 3 mil, além da colocação de veículos à disposição dos manifestantes.
“Ele bancou naquele período a greve e agora sequer faz cumprir a lei. É um traidor”, declarou Prisco no encontro com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, na nova greve, em 2012, onde foi o principal articulador daquela paralisação.
Houve tensão instaurada na ruas de Salvador e de cidades do interior, como Feira de Santana e Camaçari. A situação foi contornada, na época, com a chegada da Força Nacional e do Exército.
Prisco chegou a ser preso. Mas foi o suficiente para se tornar ícone entre os policiais. Com isso, foi eleito vereador. Agora, lidera, desde o ano passado, uma campanha para trazer mais benefícios para os policiais militares. Diante da negação do Governo em atender as reivindicações, mobilizou a tropa para mais uma greve.