Câmara de Vereadores abrandada

A coisa está menos tumultuada na Casa da Cidadania Conjacuipense.  Vereadores de oposição trabalhando em suas respectivas indicações e fazendo suas denúncias, como dantes. Vereadores da situação trabalhando em suas indicações, igualmente, e colhendo também os anseios da população.

Como em toda instituição política, existem as brechas, exceções, ressalvas ou arestas. Sim! Isto porque existem aqueles que legislam de fato e existem, obviamente, os que não descem do palanque. Entoam  na tribuna um discurso efervescente tal como se estivessem  na ânsia de “derrubar” um candidato. Alguns nobres edis devem se ater apenas ao exercício de defender a vontade do povo e criar projetos, emendas, pareceres e coisas do gênero. A campanha terminou em outubro de 2012. Os votos ganhos e vencidos foram deixados a ermo, nos boletins de urna. Valendo apenas o que foi publicado, registrado e validado no TRE.

Todos os que estão nas cadeiras de Vereador e aquela que está na cadeira de Prefeita está por total direito que a democracia do país estabelece. Portanto, todo trâmite eleitoral, findou naquela data. Agora é trabalho! Isso é o que interessa por hora.

Alguns vereadores beiram a demência, quando proclamam, ocultando todo conhecimento sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (que é a mais contundente do país), bradando em tribuna que se prefeito fosse daria 12% de aumento ao funcionalismo.

Esse foi um assunto de destaque na sessão dessa quinta-feira. O aumento do funcionalismo em educação.

Em tempo, friso: nada mais cômodo do que fazer oposição! É o momento chave para prometer o que não pode cumprir e promover discursos levianos.  Por um lado o vereador Oséias prometendo os 12% se prefeito fosse (como se isso fosse possível) e do outro lado a vereadora Juliene afirmando que, de posse dos conhecimentos junto ao TCM, o aumento podia ser maior se as gratificações fossem igualitárias. Ao que nos consta, gratificação é um direito adquirido e firmada por gestões passadas,  fato este do conhecimento de todos os vereadores da casa. A vereadora Nirete, no entanto, aproveitou esse gancho para lembrar que gratificações são dadas de acordo com determinados entendimentos, lembrando que o Presidente da casa fez distribuição de gratificações nada igualitárias entre os funcionários da Câmara. Onde uns receberam 20%, quando outros receberam 50% por cento de reajuste.

A prefeita firmou um aumento de 5,91% para o funcionalismo, com base superior ao aumento do salário mínimo e ainda será sugerida a proposta de dar aumento retroativo a janeiro de 2014, induzindo um aumento de quase 30% para o pagamento do mês de maio. Salvo engano, a negociação teve a apreciação da APLB, sindicato competente para discutir tal questão.

Não cabe, no entanto, assumir uma vereança para, ao invés de expor a realidade, propor promessas ludibriadoras dos velhos tempos em que se dava o aumento e não se cumpria a responsabilidade de pagar. O vereador deve ter discurso responsável e pautado nas leis.

O Presidente da Casa, no entanto, prometeu votar o aumento e o retroativo na próxima sessão.

Tanta celeuma nos leva a acreditar que Legislar em nossa querida Berimbau, é mais do que compactuar poderes. É conduzir os poderes de forma equivocada, em contradição de fatos, ainda que infundados, apenas para não se perder o ofício de se opor.

Ponto para a atitude do Vereador Chico Bala que agradeceu, mesmo fazendo acirrada oposição, os postes colocados na Rua Nova Brasília e frisou que se engana quem acha que ali naquela Câmara tenha alguém disposto a se corromper.

Enfim… sem  precisar citar nomes para não desgastar ainda mais a imagem de uma vereadora, deixamos claro que a “política do pão e circo” é uma expressão pejorativa de uma época em que se maltratava no ritmo “morde e assopra”. Berimbau, todavia, não necessita nem de pão (aludido ao sentido citado), muito menos de circo. Nossa cidade carece  apenas de progresso e qualidade de vida.  Na certeza de que ninguém se corrompe e na convicção de que ninguém necessita corromper, encerra-se uma quinta branda, sem delongas e bastante democrática.

 

Por R Bisbo

 

 

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