Pequeno, mas ágil: Grupo da Delegada Marley Reis faz a diferença em Amélia Rodrigues

Prestes a completar dois anos respondendo pela delegacia de Amélia Rodrigues, Marley Reis de Oliveira não tem dúvidas; Trata-se de um trabalho diferente de tudo que já fez e por isso mesmo muito interessante. Antes, ela passou por Itabuna no sul da Bahia, onde permaneceu por dois anos, e Governador Mangabeira no Recôncavo Baiano.

A recepção dos moradores da cidade e da equipe foi fundamental para a sua adaptação ao cargo. Mas é inevitável comparar os dias atuais com o período em que atuou em Itabuna. É que lá Marley Trabalhava diretamente na Coordenadoria e agora está vinculada a uma Coorpin distante- em Santo Amaro da Purificação. ”Fico muito só”, simplifica.

Mas isso não chega a ser uma reclamação, assim como não é o fato de afirmar que a equipe é reduzida. “O grupo é pequeno, mas é muito bom”, destaca a delegada, ao referir aos dois investigadores do Serviço de Investigação (SI) e um plantonista. Na verdade, seriam necessários, pelo menos, quatro investigadores e dois plantonistas.

Situada à margem da BR 324, distante menos de 100 km de Salvador, Amélia Rodrigues ainda não tem 50 mil habitantes. Mas os problemas são bem parecidos com os dos grandes centros urbanos, especialmente no que diz respeito às drogas. “O tráfico é a base de tudo, pois sustenta todos os outros crimes”, atesta a delegada.

A participação cada vez maior de jovens e adolescentes na criminalidade é motivo de preocupação para Marley, que atribui essa postura desenfreada dos mesmos aos equívocos da educação, desde os hábitos mais elementares, em casa, depois na escola. “Mas o que vemos é a constante transferência de responsabilidades”, observa à delegada.

Ainda com relação às drogas, ela acha que exterminar o tráfico é fator determinante para conter a circulação dessas substâncias, mas alerta que não deve existir misericórdia com o consumidor.

“Ele é a ponta e é a razão da existência do tráfico. Por isso deve ser penalizado. Se o caso for de doença, que seja devidamente tratado” recomenda.

Carioca de Nova Iguaçu, 48 anos, 3 filhos, Marley veio para a Bahia acompanhando o marido, que é da Marinha. Fez concurso em 2001, mas só assumiu o cargo de delegada 10 anos depois. De lá pra cá, a sua visão de vida mudou muito. “Eu era advogada, falava e fazia o que queria. Agora tenho que ser mais comedida”, afirma, destacando que as mudanças foram boas.

Para a delegada Marley, o trabalho policial é, acima de tudo, gratificante. Ela ilustra essa visão contando o caso de uma senhora dona de um mercadinho, vítima de incêndio criminoso duas vezes. As investigações levaram a uma vizinha, que atuava no mesmo ramo. Ela pagava a uns rapazes para atear fogo no estabelecimento. Na terceira vez foram flagrados e estão todos presos.

A Delegada Marley no aniversário do Prefeito Toinho do PT

A Delegada de Amélia Rodrigues conta com o apoio das unidades regionais. Só assim para dar conta da correria cotidiana,principalmente nos fins de semana. A Prefeitura Municipal também contribui, com a cessão de servidores. “Sem parcerias, não vamos a lugar algum”, diz a delegada.

 

Publicada no dia 18 de julho, às 08h25

 

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