Disfunção Erétil atinge quase 50% dos baianos com mais de 40 anos
A Disfunção Erétil (DE) foi diagnosticada em 48% dos homens baianos na faixa etária entre 40 e 70 anos atendidos na Clínica do Homem (CH), em Salvador, nos últimos 12 meses. Destes 44% são hipertensos, 20% têm diabetes e 26% apresentam algum tipo de dislipidemia (taxas elevadas de colesterol ruim LDL).
Estes dados, que servem como uma amostragem da saúde masculina na capital baiana, apontam para a estreita relação entre a DE e a síndrome metabólica, definida como uma associação de fatores de risco que amplia (e muito) o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, entre as quais o infarto cardíaco, o acidente vascular cerebral (AVC) e a morte súbita.
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A DE se caracteriza pela recorrência de episódios em que o homem não consegue atingir uma ereção suficiente para que exista a penetração e a relação sexual completa. Já a síndrome metabólica considera a associação de pelo menos três fatores de risco cardiovasculares, como obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão, triglicérides alto ou baixos níveis de “bom” colesterol HDL. Os fatores que caracterizam a síndrome metabólica influenciam consideravelmente a função erétil e estão associados a níveis de testosterona menores do que o normal.
A testosterona cumpre um papel importante no desenvolvimento e na manutenção dos ossos e da massa muscular, sendo determinante do metabolismo da glicose e dos lipídios. Além disso, é um fator essencial na libido e tem efeito nos substratos da ereção. O homem adulto produz cerca de 7mg deste hormônio todos os dias. A partir dos 40 anos, em média, ele começa a perder cerca de 1% de testosterona livre ao ano. A total permanece estável até por volta dos 50 anos, quando também começa a cair, a uma taxa de 0,5% a 0,8% ao ano.
Os sinais mais comuns são sonolência, desânimo, tristeza, melancolia, diminuição da concentração para o trabalho, déficit de memória, diminuição da libido e das ereções matinais espontâneas, dificuldade de ter ou manter a ereção e de fazer longas caminhadas, entre outros. Esses sintomas caracterizam a deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), também conhecida como andropausa.
Publicada no dia 28 de agosto, às 00h20