Confira dicas simples para reduzir os gastos com combustível com seu carro

Com um lugar cativo nas despesas fixas do mês, o gasto diário com combustível dói no bolso de qualquer um. E esse gasto vai aumentar ainda mais se as expectativas sobre um novo reajuste no preço do combustível se concretizarem até o final do ano, conforme antecipou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Além desse possível reajuste, o Senado aprovou, este mês, a proposta que autoriza elevar a mistura de etanol na gasolina e também no percentual de biodiesel misturado ao óleo diesel. De acordo com o projeto, o Executivo poderá elevar o percentual de 25% até o limite de 27,5%. Sobre o biodiesel, a matéria aumentou de 5% para 6% o percentual obrigatório de mistura de biodiesel ao óleo diesel.

A mudança, prevista na Medida Provisória 647/2014, já está nas mãos da presidente Dilma Rousseff, que aguarda o resultado de testes – com autorização já aprovada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) – para definir a sanção ou o veto à MP.

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Segundo o professor do Mestrado em Energia da Unifacs e especialista em Combustíveis Luiz Pontes, a adição de um volume maior de álcool anidro à gasolina não irá prejudicar a parte mecânica do veículo. Porém, aumentará o seu consumo de energia. “O motorista irá gastar maior volume de combustível por quilômetro rodado”, assegura.

Comportamento 

Para ele, alguns podem culpar o tipo de motor ou o fato do veículo ser econômico ou não, mas a economia ou o gasto excessivo estão mesmo no pé do motorista, sobretudo, diante de um cenário que aponta para um aumento no consumo. “Economizar energia fica muito mais em cima do motorista do que da potência do motor”, diz.

O ganho vem de uma mudança de comportamento ao dirigir. “Se você acelera demais, está jogando combustível fora. Não se deve acelerar muito e nem frear bruscamente, independente do modelo do carro. O que vai garantir a injeção certa de combustível é o engate correto da marcha, a calibragem adequada dos pneus e o controle do pé do motorista, que será o responsável por mover essa energia”.

Carros híbridos ou flex costumam ‘beber’ mais combustível, como explica Pontes. “Gasta muito mais do que um que seja movido a só um tipo de combustível, por conta do fator de compressão intermediário – pressão que é dada ao cilindro – entre o álcool e a gasolina”.

Custo

Como se não bastasse o que se paga com seguro, Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e manutenção periódica, o consumidor ainda precisa arcar com o peso dos congestionamentos.

O profissional autônomo Francimar Brito ganha, em média, R$ 6 mil por mês. Diariamente, ele costuma gastar uma média de R$ 60 para trabalhar. Na soma mensal, a conta sai por R$ 1.800. Se parar em um congestionamento, então, o valor do combustível sobe ainda mais.

“Rodo muito. E confesso que tenho evitado os engarrafamentos para não gastar tanto com combustível. Tenho saído de casa às 5h da manhã para não perder dinheiro”, afirma.

Francimar costuma dirigir pelas engarrafadas Paralela, Patamares, Alphaville, Brotas e Ribeira. “Rodo por dia, em média, 220 km. Prefiro sair duas horas antes de casa (para evitar o tráfego pesado)”.

Nesse caso, o especialista recomenda: “Busque outros caminhos, mesmo que seja um pouco mais longo. Um carro em movimento constante vai economizar mais combustível do que se ele estiver parado em um engarrafamento em baixa velocidade, só engatando a primeira e segunda marcha”.

Publicada no dia 14 de setembro, às 15h07

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