Amélia Rodrigues foi alvo de operação da PF de combate ao esquema de venda de combustível adulterado

Uma operação da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17). Denominada Operação Mutação, a ação policial visa investigar um esquema criminoso de adulteração de combustíveis em larga escala na cidade de Amélia Rodrigues.

De acordo com o Ministério Público, oito mandados de prisão e nove de busca e apreensão devem ser cumpridos nos municípios de Feira de Santana, Amélia Rodrigues e Conceição do Jacuípe, com o objetivo de apreender os combustíveis adulterados e documentos comprobatórios das práticas da organização criminosa. 

Dois mandados de prisão já foram cumpridos até o fechamento desta matéria e uma mulher foi encaminhada para a delegacia a fim de prestar esclarecimentos. Todas as pessoas presas na operação estão sendo encaminhadas para o Complexo de Delegacias, no bairro Sobradinho, em Feira. Os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados pela polícia.

A operação envolve um contingente de oito promotores de Justiça do MP, mais de 150 policiais, 44 viaturas, um helicóptero da PRF, um caminhão-guincho e um caminhão-tanque.

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Ainda segundo o MP, a ação está sendo realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Gaesf), Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Feira de Santana e a Promotoria de Justiça de Amélia Rodrigues, com o apoio do Núcleo de Inteligência Criminal (NIC), do Ministério Público Estadual; pela Polícia Rodoviária Federal (PRF); Superintendência de Inteligência (SI), da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP); Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz).

Durante três anos de investigação, apurou-se que parte da carga de cerca de 200 caminhões-tanque que trafegavam por Amélia Rodrigues diariamente era desviada para pontos (conhecidos como “Bodes”) onde ela era subtraída e comercializada a postos revendedores de combustíveis. Lá, homens chamados de “bodeiros” rompiam os lacres dos caminhões, subtraíam as cargas e depois adicionavam solventes para posterior comercialização de combustível adulterado na região de Feira de Santana.

Segundo as apurações, o esquema incluía também emissão de notas fiscais falsas com o objetivo de legalizar o produto adulterado, indicando crimes de sonegação fiscal. As investigações contaram com interceptações telefônicas, pelas quais se constatou a participação de policiais civis e militares na quadrilha. Em troca de propina, eles teriam fornecido proteção ao esquema criminoso.

 

Publicada no dia 17 de outubro, às 12h34

 

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