Santo Amaro: Músicos limados da Lavagem acusam prefeito de intolerante
A Lavagem de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, tem como tema este ano “Pratas da Casa que valem Ouro”. No entanto, de acordo com alguns artistas da cidade, não é assim que o prefeito Ricardo Machado (PT) vem tratando os profissionais da música. Na última terça-feira (27), um grupo de 50 músicos descontentes com a programação resolveram fazer uma festa à parte, porém logo foi contido por guardas municipais e não puderam se apresentar.
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O cantor e compositor santoamarense Edu Alves disse que apesar de haver um descaso com os artistas da cidade, esta não é uma exclusividade na gestão do prefeito Ricardo Machado. Porém, por terem contribuído na campanha do petista, esperavam que o tratamento fosse outro. “Não somos valorizados e imaginávamos que essa nova administração fosse diferente, mas fomos surpreendidos com a intolerância e arbitrariedade do prefeito que não nos permitiu fazermos uma confraternização em meio a Lavagem”, disse.
De fora da grade de programação da festa, os músicos resolveram montar um palco na rua General Câmera, às 20h30 da terça-feira – dia de ‘folga’ da Lavagem. Logo em seguida foram abordados pela guarda municipal que pediu a licença pública para o evento. Os artistas não solicitaram à prefeitura. Portanto, os músicos não puderam fazer a confraternização informal. “Não quisemos ferir nenhuma lei, mas entendemos que somos artistas da cidade, dentro do circuito da festa e não atrapalhávamos em nada. O prefeito não teve a sensibilidade de conversar conosco e liberar o ato”, reforçou Alves.
Em repúdio, os artistas convidados e que estavam no ato decidiram não mais realizar os shows durante a festa da Lavagem da Purificação. Os envolvidos se apresentariam na sexta-feira (30) e no sábado (31).
Pessoal
O prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado, se defendeu das acusações de intolerância e arbitrariedade. Segundo o gestor, os músicos estavam em uma área que impediriam a locomoção e movimentação de carros e pessoas e o palco não foi montado no circuito da festa. “Não posso deixar que façam uma festa sem autorização da Policia Militar, do Trânsito, da secretaria de Ordem Pública. E se acontecesse algum problema? Iriam culpar o prefeito. Não posso ser irresponsável com as pessoas”, disse.
Machado ainda apontou que na terça-feira, a prefeitura optou por não realizar shows para dar descanso aos funcionários da prefeitura e economizar. “Logo nesse dia resolveram fazer festa sem autorização e virar uma desordem”.
O prefeito ainda creditou a acusação à um problema pessoal. Segundo ele, um dos músicos está fazendo um ‘motim’ pois não foi convidado para tocar este ano. “Ele tem ciúmes da família Veloso e não posso fazer nada. Não tocou esse ano porque nossa cidade tem outros artistas. Isso é um problema pessoal”, direcionou.
Sobre a desistência das apresentações, Machado foi taxativo. “Nossa cidade é rica em artistas. Se um não quer, 40 querem”, finalizou.
Veja o vídeo de protesto dos músicos:
Publicada no dia 29 de janeiro, às 23h20