Universitário gasta R$ 3 mil da avó com pornografia na internet
Um universitário de 26 anos gastou R$ 3 mil em um mês com uma compulsão por pornografia on-line. O dinheiro era da avó do rapaz, de 68 anos, com quem ele mora em Vitória/ES. Parte do valor, R$ 1 mil, foi passado no cartão de crédito em três vezes, e o restante foi sacado da conta da senhora.
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Programas
Com algumas prostitutas da Grande Vitória, ele marcava encontro presenciais para programas. A avó descobriu a situação ao identificar um parcelamento de R$ 1 mil em três vezes.
“Minha mãe não sabia dizer onde tinha gasto aquilo. Como ela tinha o costume de pedir ao neto que pagasse algumas contas e sacasse dinheiro com seu cartão, em confiança, perguntamos se foi ele que gastou com algo, e o meu sobrinho negou”, disse o tio do universitário.
Como também foram identificados saques não autorizados pela avó, a família pediu para ver as imagens das câmeras do local de onde o dinheiro foi retirado, e o rapaz foi reconhecido nas filmagens.
“Foi então que pegamos o celular dele e descobrimos todas as mensagens com essas mulheres”, afirmou o tio do rapaz.
Ainda segundo ele, provavelmente, o jovem gastou muito mais com pornografia on-line em meses anteriores, mas a avó, abalada e decepcionada, preferiu não investigar.
Ameaças
As mulheres com quem o universitário conversava pediam que mostrasse comprovantes de que tinha colocado o crédito para celular ou depósito em conta.
O rapaz até enviou seu extrato bancário com baixo saldo para uma delas, como forma de mostrar que não poderia fazer o pagamento. Essa moça ameaçou espalhar a foto dele pela internet como “Tarado de Vitória”.
Apesar da situação, a família decidiu não denunciar o universitário. “Deixei claro para ele que o que fez foi roubo e depois ele disse à mãe, que mora em outra cidade, que reconhecia o erro. Mas mudamos todas as senhas das contas da minha mãe e determinamos que ele deve pagar a dívida”, afirmou o tio do universitário.
Vício
Para a psicóloga Penélope Zecchinelli, a situação do universitário pode ser considerada um vício ou uma infantilização.
"Parece um garoto que acabou de descobrir o sexo, é um autoerotismo. Ele não busca o ato em si, mas está compulsivo pelas imagens dessas mulheres. O dependente parte do pressuposto de que sua fala é mais forte do que ao fato. Da mesma forma que um viciado em cocaína tira algo de casa e acha que ninguém vai perceber, que vão acreditar na palavra dele antes de tudo", disse.
Publicado em 23 de julho às 20h02