Vírus Zika consegue ultrapassar a placenta na gestação, confirma análise

Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde anunciou oficialmente a relação entre os casos de microcefalia ao vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypt. Agora, em uma pesquisa inédita, especialistas confirmam as suspeitas de que ele é capaz de atravessar a placenta durante a gestação, podendo levar ao aborto.

A análise, realizada pelo Instituto Carlos Chagas, foi feita a partir de uma paciente do Nordeste que sofreu um aborto retido, quando o feto deixa de se desenvolver dentro do útero. Após a detecção e confirmação do aborto foram coletadas amostras da placenta, que passaram por exames capazes de verificar a infecção por vírus.

Em seguida, foram feitos testes moleculares que identificaram o genoma do Zika em células da mãe e do embrião, além de uma inflamação na placenta. Os pesquisadores acreditam que a doença utiliza a capacidade de migração das células para alcançar os vasos fetais, um mecanismo semelhante ao observado em transmissões de HIV. Essa possibilidade, no entanto, deverá ser estudada para ser confirmada.

 

 

Publicado em 20 de janeiro às 20h32

 

 

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