“Questão de tempo”, diz braço direito de Bolsonaro sobre candidatura do deputado à Presidência
Do Aratu Online parceiro do Berimbau Notícias
Um dos homens de confiança do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), acusado de praticar estelionato e agressão a duas mulheres, afirmou que é “uma questão de tempo” a candidatura do parlamentar à presidência da República.
Julian Lemos, vice-presidente nacional do Patriotas e braço direito de Bolsonaro do Nordeste, classificou o deputado como “símbolo de mudança” e disse que Jair é “fenômeno no Brasil”. “Com ele é assim: ou você ama ou odeia. E quem gosta sabe que ele é um homem inspirador na sociedade. Então eu imagino que ele vai se candidatar, sim!”, disse Julian se referindo às eleições de 2018.
Julian garante ainda que é uma das poucas pessoas que conhece bem Bolsonaro e acredita na conduta do parlamentar para assumir a maior cadeira no comando do país. “Ele está pronto para isso, não é ambicioso, mas sabe que tem essa missão. Nunca o peguei na mentira e sempre me identifiquei com os valores dele”, conclui.
ACUSAÇÕES
Lemos já foi acusado de praticar estelionato em 2005 por falsificação de documento público, na Paraíba. Na época, testemunhas declararam que ele foi o responsável por providenciar e entregar uma certidão falsificada que aprovava a licitação da empresa onde era gerente. Julian, no entanto, nega.
“Tudo aconteceu antes mesmo de eu entrar na empresa, a empresa já estava participando da licitação. Quando eu fui contratado tive que responder por isso, porque era o gerente na época. Lembro de conversar com o juiz que tinha acabado de assumir a cadeira e era o responsável pelo processo, e pedi para ele reler os autos, foi quando ele percebeu o equívoco e a denúncia foi arquivada”. Julian conta ainda que, pouco antes de receber a notificação, demitiu alguns funcionários da empresa, dentre eles o responsável por mover a ação.
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Sobre a acusação de agredir a irmã e a ex esposa, Lemos diz que foram situações muito parecidas em que as duas estavam em um “momento de instabilidade emocional”. “No caso da minha ex mulher, somos amigos hoje e ela só agiu no calor do momento. Estava descontrolada emocionalmente e acabou falando mais do que deveria. Depois voltou a trás na denúncia e, junto à Justiça, me absolveu. O caso foi arquivado”. A ex-companheira de Julian alegou que vinha sendo perseguida e que passou a sofrer ameaças, agressões verbais, temendo pela vida. Ela chegou a dizer ainda Lemos tem um perfil de “pessoa muito violenta e com traços de psicopatia”.
Acusado também de ter agredido a irmã com murros, empurrões e apertões no pescoço tendo sido arrastada da sala até a cozinha após uma discussão, o vice-presidente da legenda que apoia Jair Bolsonaro conta que o caso só não foi arquivado ainda porque ela não mora no Brasil. “Minha irmã assumiu que foi apenas uma discussão verbal e não tivemos nenhum contato físico. Agiu de forma descontrolada, mas já está tudo bem entre nós”.
Em um vídeo enviado pelo parlamentar, a irmã de Julian aparece dizendo que “em nenhum momento Julian teve vontade ou gana de querer agredi-la” e que foi “um tremendo engano tudo isso”.
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