PREOCUPANTE: Em um ano, Bahia registra cerca de 1800 novos casos de Aids

Entre janeiro de 2016 e 2017 foram registrados na Bahia 1821 novos casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, popularmente conhecida como Aids. Destes, 21 são referentes a crianças de zero a 14 anos, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Apesar de pessoas soropositivas conseguirem levar uma vida normal, hoje em dia, a população infectada pelo vírus ainda é grande e preocupa entidades da área de saúde.

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No entanto, é importante ressaltar que a Aids é uma síndrome, causada pelo vírus HIV, que atua no sistema imunológico (defesa) do indivíduo. Assim, nem todas as pessoas com o vírus têm Aids.

Conforme o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2006 a 2015, a taxa de detecção e casos de Aids entre jovens do sexo masculino com idade entre 15 e 19 anos quase que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes). Já entre aqueles de 20 a 24 anos, a taxa mais que dobrou (de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes).

Se o número de notificações entre jovens cresceu, por outro lado, nos últimos seis anos, houve uma queda de 36% nos casos de HIV/Aids em menores de 5 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. A transmissão mais comum em crianças é a chamada “vertical”, passada de mãe para filho, na gestação, no parto ou na amamentação.

É possível, entretanto, gerar um filho sem transmitir o vírus. Para isso, as gestantes devem fazer acompanhamento médico, de preferência com um infectologista, para receberem os devidos cuidados a fim de evitar a transmissão. A falta de orientação de muitas famílias que ainda esbarra nesse quesito.

De acordo com relatório divulgado em junho pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), mais de 800 mil pessoas viviam com o vírus, no Brasil, em 2016. Estima-se que tenham ocorrido ao menos 48 mil novas infecções. Já a estimativa de de mortes relacionadas à Aids no país foi estimada pelo programa em 14 mil.

A nação é a que mais concentra casos de novas infecções por HIV na América Latina, correspondendo a 49% das mesmas. Contudo, hoje oferece uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de baixa e média renda. Mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebem o TARV, acima da média global, de 53% – segundo dados compilados pelo Unaids.

Além disso, desde 1996 o tratamento é oferecido pelo Sistema único de Saúde (SUS) e, há quatro anos, as pessoas portadoras do vírus podem se tratar independentemente de seu estado imunológico.

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