A Feira Livre de Berimbau já se tornou um patrimônio histórico no coração daqueles que a frequentam e conhecem, pois além das riquezas em variedades de vendas e produtos, possui também um laço afetivo entre quem compra e quem vende.
Ponto de encontros, reencontros, recomeços e de trajetórias, a Feira possui a cara de quem não desiste e de quem luta para ter e dar o melhor, pois a realidade das histórias encontradas por lá não são de vidas fáceis ou de privilégios. Uma dessas histórias é a de Rosimeire Dias, mais conhecida como Rosa, que se ergueu através da Feira e hoje colhe os frutos plantados por sempre ter ensinado aos seus filhos o melhor caminho a se seguir: O trabalho honesto.
Dona Rosa que trabalha com a venda de frutas e verduras, conta o quanto foi difícil a sua caminhada para vencer na vida, com muitos obstáculos, medo e dificuldades. “Sempre tivemos uma vida humilde, eu sempre trabalhei mostrando o melhor caminho aos meus filhos. Eu vendia doces na Escola Arquimínia, e quando eu não podia ir por estar doente, Tainá (filha) ia vender para me ajudar, ou então ficava em casa também para vender os salgadinhos e doces, e o meu outro filho Diego também trabalhou desde pequeno”, explicou.
Dona Rosa sofria muitas represálias por ter decidido ensinar seus filhos desde muito cedo a trabalhar para afastá-los da criminalidade. “Meu menino Diego trabalha desde os nove anos, começou na oficina perto de casa, e por isso os meus vizinhos ameaçavam me denunciar para o Juizado de menores porque eu os deixei trabalhar desde cedo, e por isso os vizinhos prometiam me denunciar. Nossa vida sempre foi de muita correria, e a minha rua sempre foi muito perigosa. Eu tinha medo de que os meus filhos se envolvessem no caminho errado, por isso desde pequeno eles foram ensinados no caminho do trabalho. Muitos dos colegas dos meus filhos acabaram se envolvendo e morreram. Hoje eu tenho muito orgulho dos meus dois filhos, Diego e Tainá”, disse Rosa.
Quando perguntada sobre os desafios enfrentados na Feira Livre e da mudança para o novo local, Rosa nos contou o quanto foi difícil permanecer trabalhando na Feira: “As dificuldades estão presentes sempre, porque muitas vezes nós temos perda de mercadoria, fortes chuvas e a difícil montagem das barracas. A mudança para o novo espaço foi muito bem-vinda, pois agora não precisamos mais armar as bancas ou enfrentar as fortes mudanças no tempo. As minhas vendagens caíram bastante, pois muitos clientes acham o novo ponto longe e alguns ainda não conhecem o novo espaço, porque não existe nada que sinalize o novo ponto da Feira Livre pela cidade, o que foi ruim para as vendagens”.
Apesar de todos os sofrimentos, medo e julgamentos sofridos, ela contou com orgulho os bons frutos colhidos por suas atitudes tomadas: “São 25 anos trabalhando na Feira, meus filhos cresceram e hoje Diego é um grande mecânico de uma empresa de destaque, a Peugeot, e Tainá é publicitária. Consegui criar meus filhos através da Feira Livre e estamos aqui lutando até hoje! Vivos, bem e procurando dias melhores”, finalizou.
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Mulher guerreira . Com um coração maravilhoso. Admiro você muito Rosinha
Parabéns Rosa, a senhora é maravilhosa e criou filhos incríveis e batalhadores!!
Dona Rosa é um exemplo a ser seguido,forte guerreira e decidida.. homenagem mas que merecida
Dona Rosa é exemplo de superação, sempre de bem com a vida é trazendo seu melhor para todos
Ela é magnifica
Lindo exemplo, orgulhosa dessa história de batalha e luta de gente como a gente. Não te conheço Dona Rosa mais deixo aqui os meus parabénssss!!!
Orgulho de minha guerreira
Excelente incentivo! Por mais matérias nesse nível, que nos inspiram