A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou um comprovante de depósito bancário no valor de R$ 1 mil ao chegar na casa do ator José Dumont na última quinta-feira, 15. De acordo com o jornal Extra!, a transferência foi feita pelo artista de 72 anos para uma suposta vítima de abuso sexual, um menino de 12 anos, que motivou a investigação.
O juiz Antonio Luiz da Fonseca Lucchese converteu a prisão de Dumont em preventiva com o argumento que “a situação tem contornos de gravidade” pela quantidade de material apreendido, o que indica reiteração criminosa.
Em audiência de custódia, o ator confirmou que a posse dos arquivos e alegou “estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros”.
Segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional, Dumont era investigado desde agosto, sob suspeita de estupro de vulnerável, de um adolescente de 12 anos. Ele teria se aproximado da vítima há um ano ao oferecer ajuda financeira e presentes.
Investigações também apontam que câmeras de segurança do condomínio onde ele mora o flagraram abusando do menino com beijos e carícias.
Após a prisão, a Globo o tirou do elenco da novela. Em nota, a empresa informou afirmou que “suspeição de pedofilia é grave”. “Nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa”, diz a emissora.
Denúncia na Paraíba
José Dumont já era investigado pelo crime de pedofilia. Desde 2013, ele é alvo de um inquérito na Paraíba. Responsável pela denúncia, o Ministério Público Estadual pretende retomar a investigação após a prisão do artista no Rio de Janeiro. Na ação que corre na 1ª Vara Mista de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, o ator é indiciado pelo crime de estupro de vulnerável.
O crime teria acontecido em 2009, em Cabedelo, onde Dumont tinha um apartamento. Os documentos que chegaram à imprensa trazem depoimentos de duas testemunhas, que alegam ter presenciado abusos por parte do ator contra um grupo de meninos.
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