Documentário “Memória Contígua” emociona público em estreia e reforça importância da preservação cultural em Terra Nova

Com emoção, reconhecimento e um profundo sentimento de pertencimento, o documentário Memória Contígua teve sua primeira exibição oficial celebrada como um marco para a cultura de Terra Nova. Produção original da HDP, a obra reuniu autoridades, familiares, participantes e a comunidade local em um momento de celebração da memória coletiva e das histórias que moldam a identidade do município.

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O filme, que resgata vozes, rostos e memórias muitas vezes esquecidas, foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal, por meio da Prefeitura Municipal de Terra Nova e da Secretaria de Cultura. O secretário Leandro Arcanjo esteve presente, acompanhado de outros membros da pasta, destacando o papel essencial da cultura como instrumento de valorização social. O evento também contou com apoio da Câmara de Vereadores, representada pelo presidente, vereador Maigole (SOLIDARIEDADE), e pelo vereador Batata do Esporte (REPUBLICANOS), ambos responsáveis pela viabilização do espaço e prestígio à cerimônia.

Memória Contígua nasce da escuta e da colaboração. Diversas famílias, moradores e representantes de figuras homenageadas contribuíram diretamente com relatos e arquivos, permitindo que o documentário costurasse, com sensibilidade e verdade, fragmentos de um passado que resiste ao tempo. Ao longo da exibição, foi possível perceber a força do cinema como ferramenta de registro, cura e pertencimento.

Mais do que uma produção audiovisual, o documentário é um tributo aos que viveram e construíram Terra Nova. Homenagens marcantes a nomes como Dona Dora e Seu Bené emocionaram o público, ao lado do reconhecimento daqueles que ainda vivem e mantêm vivas as raízes locais. A obra propõe uma reflexão essencial: é possível honrar o passado sem perder de vista os desafios e as esperanças do presente.

Em um dos momentos mais tocantes da noite, o evento prestou homenagem ao historiador S. Viraldo, figura incansável na preservação do patrimônio cultural da cidade. Mesmo distante fisicamente, ele participou por vídeo chamada e se emocionou com o reconhecimento. A homenagem foi conduzida por Diógenes Santos, um dos idealizadores do projeto, que aproveitou a ocasião para reforçar o apelo à preservação do Espaço Banguê, acervo vivo da memória de Terra Nova, hoje em situação de risco e negligência.

O lançamento de Memória Contígua reafirma o valor da memória como força vital para o futuro. Em cada depoimento, imagem e nota musical, o filme revela a potência das histórias locais e convida todos a um compromisso duradouro com a cultura.

“Memória Contígua é um presente para aqueles que compreendem a força da nossa história”, declararam os organizadores. Mais do que uma exibição, o que se viveu na noite de estreia foi um reencontro: com os antepassados, com as lutas esquecidas e com a beleza de resistir contando histórias.