Médico denuncia homofobia de paciente no Hospital da Mulher, em Feira de Santana

Há cerca de um ano, profissional viralizou ao usar peruca para defender colega no mesmo local

O ginecologista Carlos Lino, que viralizou após usar uma peruca para defender um caso de homofobia no Hospital da Mulher, há cerca de um ano, denunciou que também foi alvo de discriminação na última sexta-feira (22/3), no mesmo local, em Feira de Santana.

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O médico contou que a ocorrência aconteceu quando ele foi atender uma paciente, que estava acompanhada de um homem, e, ao não internar a mulher, recebeu diversas ofensas do casal. “Me chamou de vaga*****, eram ofensas contra minha profissão em exercício, mas quando saíram da sala ela gritou: ‘viado do ca*****’. O corredor estava cheio de pacientes, hospital lotado”, relembra.

“Sem pudor nenhum, sem se preocupar em me machucar, tentou me diminuir. Pior categoria de ser humano”, disse.

Carlos informou que fez a denúncia em uma unidade policial e já foram solicitadas as imagens das câmeras da unidade. “Homofobia é crime. Dessa vez não teve peruca, foi coisa muito sútil”, relembra. “A vida inteira a gente fica aprendendo a se contrair… pois agora eu serei o viado do ca*****”, disparou.

Em nota, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana – que administra a unidade – repudiou qualquer manifestação de homofobia e disse que está prestando todo apoio necessário ao médico que foi vítima de homofobia, assegurando que todas as medidas legais cabíveis foram tomadas para garantir a proteção e o seu direito à dignidade e segurança.

A Polícia Civil foi procurada para dar mais detalhes da investigação, mas não deu retorno até a última atualização da matéria.

Em junho de 2023, Carlos atendeu uma paciente de peruca e batom. A situação aconteceu quando um colega ginecologista, identificado como Phelipe Balbi Martins, atendeu uma mulher e durante a consulta ela teria dito que “odiava ser atendida por homossexual”. A paciente foi direcionada para outro médico e, Carlos, em forma de protesto, usou a peruca.

Depois do desabafo nas rede sociais, o médico ainda publicou um vídeo desfilando no hospital. A cena aconteceu nesta terça-feira (26), quatro dias após a denúncia de homofobia.

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Correio 24horas

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